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Bairrada // Oliveira do Bairro  

Oiã: Roubadas duas toneladas de ferro

A Zona Industrial de Oiã é constantemente fustigada por assaltos a empresas. Se, na última semana foi uma, no último fim-de-semana, foram “visitadas” duas: Zinferaço e Trougal, que bate o recorde, uma média de mais de um por ano.
Da Zinferaço levaram os salteadores vigas, cujo montante em peso, o empresário, Paulo Miranda, diz ultrapassar duas toneladas. Além disso, limparam chapa inox que se encontrava em cima de paletes. “É uma pouca vergonha” – lamenta-se e lamenta que a GNR não possa fazer nada. “Não adianta participar”, avança. Em face de roubos anteriores, nomeadamente muita chapa de alumínio, a empresa fez uma vedação em chapa, também do lado poente, rente a um morro que dá acesso à linha-férrea e cuja vedação tem sido cortada para passar o resultado dos roubos para a estrada dos Carris para carregamento. Arrancaram uma chapa. Foi por aí que passaram as vigas. Estão lá marcadas as pegadas. Passaram também a linha-férrea, de material às costas, na direcção da Rua dos Carris, a única saída. Paulo Miranda não se contém de revolta e lembra as vezes que se tem de se levantar para ali acorrer, em face do alerta do alarme, quando o objectivo é o escritório. Há dois meses, limparam-lhe de uma máquina e de um camião todo o gasóleo, “mais de 200 litros”, agora é o ferro e chapa. Sem mencionar nomes, afirma que os grandes culpados são os sucateiros/receptadores, os que compram ao preço de sucata ferro e chapa, em bom estado para ser utilizado, os que vêm carregar, impunemente, à estrada dos Carris ou à rua da Estação. A Zona Industrial de Oiã tem inquilinos, que pelas suas acções, se tornam indesejáveis. Se fosse em Fermentelos nem sequer tinham pousado…
Já na Trougal, o objectivo era o dinheiro. Revoltearam tudo quanto era gavetas e caixas, espalharam papelada. Supostamente terão entrado pela porta principal do escritório, entraram no pavilhão e com um ferro forçaram a porta de acesso ao gabinete de recepção e contabilidade. Feito o trabalho e metido ao bolso algumas moedas de euros, saíram pelo portão do fundo. Comunicado à GNR, foi recebida a resposta na segunda-feira de que, como não tinham roubado nada, não havia necessidade de o NIC actuar, que se fizesse a participação, que não foi feita, porque “não vale a pena e só se perde tempo”.

APM