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Crime da Mamarrosa // Mamarrosa // Oliveira do Bairro  

Um sim à espera de um talvez para ver a filha

Cláudio Rio Mendes esteve 34 dias sem ver a filha, confirmou, na terça-feira, a sua antiga namorada, Maria da Conceição.
A testemunha garantiu que nestes 34 dias, o advogado não se ausentou para o Algarve, contrariando, desta forma, os testemunhos de Ferreira da Silva. Deu ainda a conhecer ao tribunal que, durante a sua existência, apenas esteve um período de dez minutos sozinho com a criança e que a mãe mudou o horário dos banhos da bebé para que este não pudesse assistir. “O avô tentava mediar as visitas. O Cláudio mandava mensagens à mãe, e o avô é que respondia. Havia sempre uma meia resposta à espera de uma nova confirmação. Não era um não redondo, mas um sim, à espera de um talvez. Isto aconteceu muitas vezes. Chegou a estar 34 dias sem ver a criança, por causas destas incompatibilidades, destas confirmações”, contou.
Instada a pronunciar-se sobre o facto da mãe de Cláudio Rio ter pedido o seu internamento, Maria da Conceição disse ter tido conhecimento desse pedido, justificando que “o mesmo foi feito no sentido deste descansar. Era necessário que tivesse uma cura de sono. Ele precisava de descansar.” “Ele ficava deprimido. A situação da ausência de ver a filha foi para ele algo com que não conseguia lidar”, disse a testemunha.

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