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Cantanhede

Santos Silva defende em Cantanhede mais investimento na indústria

Na inauguração da 31.ª Expofacic, a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, agradeceu ao presidente da Assembleia da República pela presença num “acontecimento festivo que dá expressão viva e autêntica à realidade económica, social e cultural do concelho de Cantanhede”.

A 31.ª edição da EXPOFACI C- Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede, que termina no próximo domingo, dia 6 de agosto, foi inaugurada na passada quinta-feira, dia 27 de julho, durante aquela que foi a primeira deslocação, em funções institucionais, a Cantanhede, do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

Durante a cerimónia inaugural, que contou com a presença de inúmeros convidados, a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede, Helena Teodósio, não deixou de se mostrar grata pela presença de Santos Silva, “que muito engrandece esta cerimónia de abertura oficial de um acontecimento festivo que dá expressão viva e autêntica à realidade económica, social e cultural deste concelho”, na medida em que considerou ser também este evento “uma grande montra, da vitalidade socioeconómica e cultural do concelho, o que naturalmente só é possível graças ao envolvimento ativo das forças vivas locais e a participação entusiástica de todos os munícipes”.

Aproveitando a presença do governante, Helena Teodósio revelou algumas das inquietações que sente, falando concretamente da Lei das Finanças Locais: ”a assunção de novas competências não pode ser feita a qualquer preço, não pode ser feita sem atender às condições necessárias para que as autarquias possam cumprir as exigências de uma nova realidade, mas prevenindo sempre a sua situação financeira numa base sustentável”, disse convicta da necessidade de “acautelar na negociação da transferência de competências, processo que nas já consumadas ficou aquém do desejável e que parece longe da obtenção de um acordo na área da saúde, o que naturalmente me inquieta muito.”

A edil falou ainda da gestão dos sistemas de abastecimento de água, saneamento e proteção ambiental: “o que tenho ouvido dizer é que no financiamento do setor vão ser privilegiados os investimentos de entidades intermunicipais, o que desde logo penalizaria a INOVA, uma das mais prestigiadas e qualificadas empresas do país nesses setores, como aliás é comprovado pelos inúmeros prémios com que tem sido distinguida ao longo dos anos”, lamentou, considerando mesmo “inaceitável que a empresa possa ser penalizada no acesso a programas de financiamento por causa de uma certa visão política que parece querer forçar a constituição de sistemas intermunicipais”.

Crescimento económico

Augusto Santos Silva, que elogiou o certame, considerou que a “existência de feiras como esta é essencial para puxar pela marca da nossa terra, valorizar e divulgar os nossos produtos”. Em Cantanhede deixou uma mensagem centrada no crescimento económico do país. Por isso, defendeu ser necessário “manter e aumentar este ritmo de crescimento da economia”, na medida em que a atual conjuntura apresenta “oportunidades que não devemos desperdiçar”. O governante falava na dotação do país em força de trabalho, que “nunca foi tão qualificada como agora”, e que “é necessário reter e empregar”, mas porque o país tem também “meios financeiros públicos de origem nacional e europeia como nunca tivemos”, referindo-se em concreto ao Portugal 20230 e ao PRR.

Santos Silva defendeu igualmente a necessidade de “investir mais na indústria”, nomeadamente em áreas de ponta como é o caso das biotecnologias, sendo o Biocant exemplo disso mesmo, mas também de aproveitar a conjuntura nacional atual para melhorar o contexto em que as empresas e trabalhadores trabalham, cultivando um maior e melhor diálogo social: “estar atento às responsabilidades sociais das empresas, dos trabalhadores, famílias e às aspirações das comunidades”, sublinhou, destacando ainda a necessidade de “incrementar a produtividade porque é desta que depende a melhoria dos nossos rendimentos, remunerações, dos benefícios que retiramos da nossa atividade”.

Leia mais na edição de 3 de agosto