O povo saiu à rua com alegria contagiante e na voz dos populares nunca houve festa assim.
Os antepassados vieram ocupar novamente, e com dignidade, os lugares de onde tinham partido: foram colocadas nas fachadas das casas fotos e faixas com cenas do quotidiano da aldeia e dos seus habitantes, as ruas foram engalanadas com colchas e grinaldas feitas de verdes, os utensílios agrícolas foram expostos no largo da capela de Nossa Senhora do Desterro e às portas havia todo o tipo de produtos da terra.
Os trabalhos dos artistas plásticos apareceram por todo o lado, integrados nas ruínas das casas desabitadas. Em cada esquina havia surpresas e a aldeia encheu-se de visitantes e curiosos, entre eles arquitetos, fotógrafos, artistas plásticos, todos atraídos pelas notícias que divulgaram este acontecimento nos vários meios de comunicação.
E, nem a presidente da autarquia anadiense faltou. Teresa Cardoso apareceu sem ser notada, entrou e espreitou as ruínas das casas devolutas, curiosa para ver o que elas escondiam: instalações artísticas, trabalhos fotográficos, objetos e materiais esquecidos pelo tempo que ganharam outra vida.
Leia a reportagem completa na edição de 17 de outubro 2019 do JB
