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Anadia

Prémio Mário Soares distingue trabalho de luso descendente sobre o Estado Novo

Christophe Araújo fala do prémio, da sua importância, mas também da região da Bairrada e do concelho de Anadia de onde são naturais os seus pais.

Com raízes em Anadia, o jovem historiador luso-descendente, Christophe Araújo, conquistou recentemente (em ex- -aequo), o Prémio Mário Soares-Fundação EDP 2022 atribuído pela Fundação Mário Soares e Maria Barroso, pela sua tese de doutoramento sobre o Estado Novo.

Para o júri do prémio, trata-se de um trabalho de investigação que permite “um maior e melhor conhecimento do impacto que o regime autoritário português teve na sociedade portuguesa, no caso específico de um grupo de historiadores e pensadores portugueses”.

O jovem é filho de um casal bairradino, natural do concelho de Anadia (Pedralva-São Lourenço do Bairro e de Avelãs de Cima).

Nasceu, estudou, reside e trabalha em França mas confessa o apego à região da Bairrada.
Ao JB falou do prémio, que distingue autores de teses e dissertações ou de outros trabalhos de investigação originais realizados no âmbito da História Contemporânea de Portugal, da sua paixão pela Bairrada, da forma como vê a sociedade atual e a importância dos historiadores em dar a conhecer uma visão cada vez mais completa dos acontecimentos do passado.

O que sentiu quando soube que era vencedor do prémio Mário Soares?
Ao aproximar-se a data de comunicação das pessoas premiadas, comecei a ficar bastante atento se ia receber um telefonema de Portugal ou se simplesmente seria um mail que ia dar uma informação positiva ou negativa acerca do prémio. Então, quando vi no meu telemóvel um número português, pensei logo que fosse para dar a feliz notícia que tinha ganho o prémio, o que foi confirmado rapidamente pela pessoa da fundação Mário Soares e Maria Barroso com quem falei e que me disse que tinha o principal prémio, ex-aequo com um outro jovem investigador, Bernardo Cruz.
Senti-me muito feliz por ser distinguido pelo meu trabalho de doutoramento, que durou mais de oito anos. De uma certa forma, era uma consagração de um trabalho duradouro. Também foi uma alegria, porque era um reconhecimento académico português, país sobre o qual escolhi trabalhar, mas sem ter ligação institucional ao mesmo, o que me trouxe ainda mais felicidade.

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