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Vagos Metal Fest bate recorde do público e anuncia novidades para 2026

O impacto internacional do Vagos Metal Fest continua a aumentar. A edição de 2025 recebeu visitantes de mais de 15 países.

O Vagos Metal Fest encerrou a edição de 2025 com números históricos: durante os quatro dias do evento, cerca de 25 mil pessoas terão passado pela Quinta do Ega, em Vagos, ultrapassando largamente as 18 mil registadas no ano passado e confirmando a tendência de crescimento do evento.

Organizado pela promotora Illegal Productions, em colaboração com o município, o festival contou com um contingente de cerca de 500 pessoas no staff, incluindo técnicos, segurança, Proteção Civil, funcionários municipais e equipas dos diversos stands de alimentação e bebidas. Gustavo Neves, adjunto do presidente da câmara municipal de Vagos, destacou “o esforço coletivo de todos os envolvidos”.

Este ano, a aposta foi alargar o evento de três para quatro dias, uma decisão motivada pela força da programação no dia de receção ao campista, que acabou por se tornar oficialmente parte do festival. “O cartaz desse dia era tão forte que se justificava abrir as portas como um dia completo de festival”, explicou Gonçalo Neves, representante da Illegal Productions. Para 2026, a tendência será regressar aos três dias, reservando a possibilidade de um quarto, caso a programação o justifique.

Impacto internacional

O impacto internacional do VMF continua a aumentar. A edição de 2025 recebeu visitantes de mais de 15 países, incluindo Espanha, França, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, Brasil, Estados Unidos, Austrália e até Tailândia. “O festival coloca Vagos no mapa nacional e também no mapa internacional, à conta daquilo a que chamamos a ‘Onda Negra’ – festivaleiros que interagem, dão vida à vila e projetam Vagos além-fronteiras”, afirmou Gustavo Neves.

A edição de 2026 (7, 8 e 9 de agosto) começa a ganhar forma e traz promessas de reforço no cartaz e na infraestrutura. Entre os nomes confirmados estão os norte-americanos Godsmack – que não atuam em Portugal desde 2001 –, Deicide, Heaven Shall Burn e Holocausto Canibal. Os primeiros bilhetes esgotaram pouco tempo após o anúncio. A organização quer aumentar a diversidade de propostas, criando um “palco principal gigante” e um segundo espaço dedicado exclusivamente a bandas portuguesas, com especial atenção ao underground.

Além do valor cultural, o festival gera um impacto económico relevante. Em 2024, um estudo encomendado pela autarquia apontou para receitas na ordem de um milhão de euros no comércio e restauração locais. Com o aumento do público este ano, a expectativa é que o valor seja ainda superior.

Outra das áreas em que o festival investiu em 2025 foi a acessibilidade, com melhorias para receber visitantes com mobilidade reduzida. “Tivemos mais público deste segmento e criámos condições para a sua participação. Para o próximo ano, o objetivo é disponibilizar uma plataforma elevada, permitindo que estas pessoas tenham uma visão privilegiada dos espetáculos”, anunciou Gustavo Neves.

O protocolo entre a Câmara Municipal de Vagos e a Illegal Productions garante a realização do Vagos Metal Fest até 2026, independentemente do resultado das eleições autárquicas do próximo mês de outubro. A partir daí, caberá ao executivo que assumir funções decidir sobre a continuidade. Até lá, organização e autarquia partilham a ambição de continuar a crescer, consolidando o evento como referência obrigatória no calendário nacional e internacional do metal.

Afonso Ré Lau