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Bairrada // Cantanhede  

Manifestação de solidariedade a jovem acusado de homicídio

A população de Cantanhede está a preparar uma manifestação de apoio ao jovem Renato Seabra, que foi acusado de homicídio em segundo grau pelo assassínio do colunista social Carlos Castro, em Nova Iorque, confirmou ao Jornal da Bairrada Margarida Maduro, conhecida da família.

“Ainda nos falta o consentimento da família do Renato Seabra, mas a nossa intenção é organizar, no sábado, pelas 22h, um cordão humano de apoio à mãe e ao Renato Seabra”, explicou Margarida Maduro, sublinhando que “é importante que possam sentir que Cantanhede está com ele”. “Ainda ninguém sabe em que condições é que o crime ocorreu”, refere Margarida Maduro, justificando que por isso, “nós pretendemos dar apoio explícito à mãe e ao Renato”.

Conversa de café. Em Cantanhede, o assunto é motivo diário das conversas entre a população que continua incrédula sobre as notícias que chegam de Nova Iorque, onde se encontra a mãe e outros familiares do jovem. O próprio pároco de Cantanhede, Luís Francisco, falou à população no final da eucaristia, afirmando que “faz todo o sentido defender a pessoa até ao fim. É uma vida que está em jogo”. O padre, que apenas conhece o jovem de vista, afirmou ao JB que “os Estados são de direito e a justiça deve fazer o seu trabalho”, sublinhando que não fará “nenhum juízo ético sobre o rapaz “e que “todo o show off que é feito em redor deste caso não é benéfico”.

Morte violenta. Apesar do relatório do médico legista indicar que a morte de Carlos Castro se deveu a lesões causadas por agressões violentas na cabeça e a estrangulamento, o número de páginas criadas na maior rede social do mundo – Facebook – em sua defesa, não pára de crescer. E há mesmo quem assuma a identidade de Renato Duarte para interagir na rede, criando movimentos a seu favor.
O homicídio em segundo grau, o mais comum, prevê uma pena que vai de 25 anos a prisão perpétua.

Jovem pacato
Natural de Cantanhede, Renato estuda Ciências do Desporto, licenciatura que acumula com o trabalho de manequim da Face Models, de Fátima Lopes. Quem o conhece diz que é um jovem pacato e dificilmente lhe atribui a autoria de um crime desta natureza.