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Bairrada // Oliveira do Bairro  

Vizinhos do hospital em risco de saúde devido a lagartas

Milhares de Lagartas do Pinheiro, principal inseto desfolhador dos pinheiros e cedros em Portugal, estão a invadir algumas casas localizadas nas proximidades do Centro de Saúde em Oliveira do Bairro. O alerta foi lançado por alguns moradores que já se insurgiram contra o facto das autoridades não darem seguimento às suas preocupações. Um dos moradores afetados disse ao JB estar preocupado com a situação, já que as lagartas já começaram a entrar para o seu jardim. “Tenho que andar sempre a limpar as lagartas para não entrarem pelas janelas. É uma vergonha que ninguém faça nada”, disse o morador ouvido pelo JB.
A Direção Geral de Saúde (DGS) dá a conhecer, através do seu site, que a “processionária”, também conhecida por Lagarta do Pinheiro, pode originar graves problemas de saúde pública, devido à ação urticante dos pelos, que provocam alergias ao homem e animais domésticos. As reações alérgicas dão-se normalmente ao nível da pele, do globo ocular e do aparelho respiratório, podendo provocar enfraquecimento e vertigens e em situações extremas levar à morte.
JB tentou, sem sucesso, contactar o proprietário do pinheiro junto ao Centro de Saúde.
A Thaumetophoea Pityocampa é uma espécie com grande impacto negativo em pessoas, em animais, bem como, nos próprios pinheiros. Encontra-se, vulgarmente, em Portugal devido à presença dos pinheiros nas grandes manchas florestais. Esta praga, além do pinheiro bravo, ataca igualmente outros pinheiros: o silvestre, o laríceo, o manso, o insígne, e o pinheiro de alepo, assim como cedrus atlântica, cedrus deodara e cedrus do Líbano.
Entre janeiro e maio, as processionárias abandonam o pinheiro para se enterrarem no solo, na sequência do seu ciclo de desenvolvimento, deixando o seu hospedeiro em fila como uma procissão (daí o seu nome) ,dirigem-se ao solo onde irão continuar o seu desenvolvimento.
Estas lagartas possuem oito recetáculos com cerca de 100.000 pelos urticantes. Ao moverem-se, abrem estes recetáculos, libertando milhares de pelos e aumentando a possibilidade de intoxicação de uma pessoa ou de um animal que entre em contacto com eles. Os pelos agem como agulhas, injetando substâncias tóxicas na pele ou mucosas. As crianças por brincadeira e os cães são os principais afetados.
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