Assinar


Bairrada // Oliveira do Bairro  

Colégio reduz salários e admite reformas

Está decidido: apesar de não ter havido restrições na aceitação de alunos, o Colégio de Calvão abre o ano letivo com menos uma turma. Agora são 32, mas apenas 29 foram validadas com financiamento estatal, por força do despacho normativo, que suspendeu o contrato plurianual e avançou com a delimitação geográfica da área de influência das escolas.
As outras três turmas vão funcionar graças ao “esforço dos professores e funcionários”, garante o diretor do colégio, que admite não haver fundos para “fazer favores ao Estado”. Porque, acrescenta o Pe. Querubim Silva, “não existimos em função do Estado, mas em função dos alunos”.
De acordo com aquele dirigente, vai haver reajustes na distribuição de serviços, para que não haver despedimentos de professores, que em assembleia geral, realizada há duas semanas, “aceitaram com alguma generosidade” a proposta apresentada pela direção do colégio para a redução de salários. Quanto ao pessoal não docente, sabe-se que alguns funcionários podem ser encaminhados “para a reforma, ou desemprego que conduza a reformas sem penalizações”.
Preocupado com o futuro da instituição, propriedade da diocese, o presidente da câmara, Silvério Regalado, critica a alegada “falta de liberdade de escolha”, e garante estar empenhado [com o colégio] para encontrar “soluções do presente e do futuro”, que possibilitem ir ao encontro das necessidades daquele estabelecimento de ensino.
Para o edil vaguense, se porventura o colégio viesse a encerrar, “não teríamos onde colocar os cerca de 900 alunos inscritos”. O que seria “extraordinariamente penoso” para Vagos, e para a comunidade educativa, considera Silvério Regalado.
Eduardo Jaques/Colaborador