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Junta de Luso apoia IPSS com dificuldades financeiras

A Junta de Freguesia de Luso acaba de dar um apoio de 5.000 euros ao Centro Social Comendador Melo Pimenta (CSMP) para ajudar a fazer face às dificuldades financeiras com que se debate aquela IPSS do concelho da Mealhada.

“Atentos às preocupações e dificuldades de uma das instituições mais importantes da nossa terra e que faz um trabalho essencial no apoio à população mais idosa da Freguesia de Luso”, a Junta deixou este apoio como “reconhecimento pelo seu trabalho, pelo esforço e dedicação pessoal e institucional”.

“O nosso apoio, de 5.000 euros certamente será insuficiente face às necessidades permanentes e aos constrangimentos gerados pela pandemia de Covid-19, que os impede de realizar muitas acções, importantes, de angariação de fundos. Por isso, estaremos sempre que for necessário e possível e apelamos a outras instituições e a particulares da Freguesia de Luso e do nosso concelho para que, na medida das suas possibilidades apoiem também o Centro de Dia Comendador Melo Pimenta”, refere nota da Junta.

A instituição, que acolheu os membros da Junta que se inteiraram das atuais limitações e condicionamentos em que estão a ser prestados os serviços de apoio à comunidade e das dificuldades financeiras, nesta fase de convivência e combate à pandemia- Covid-19, agradeceu o apoio. “Em nome de todos quantos aqui trabalham e dos utentes da Instituição, fica o nosso reconhecimento pelo seu gesto”, completa o CSMP.

Campanha de angariação de fundos prossegue

Recorde-se que o Centro Social Comendador Melo Pimenta tem em curso uma campanha de angariação de fundos, até final do ano, para fazer face a problemas de tesouraria com que se debate, causados pela questão da pandemia.

A campanha em curso para este último trimestre incluiu um Sorteio Solidário de Natal (venda de rifas porta a porta) e a recolha de donativos dirigida a pessoas singulares e coletivas com a emissão de recibo para acesso a benefícios fiscais, através do IBAN: PT 50004534024013294824970.
Este “momento difícil da instituição” tem a ver com o condicionamento na obtenção das receitas extraordinárias previstas no Plano de Angariação de Fundos 2020, motivado pelas regras de confinamento, que está a ter um impacto negativo no equilíbrio das disponibilidades de tesouraria neste período, explica a direção.

Por outro lado – continua – está o agravamento no volume de despesas decorrente da necessidade de adquirir equipamento de proteção individual em quantidades anormais e a preços inflacionados num mercado sujeito a especulação e escassez de mercadoria, assim como a suspensão da resposta social de Centro de Dia e a transferência destes utentes para Apoio Domiciliário, que “contribuiu igualmente para o aumento de custos em transporte e reforço das equipas de apoio, ao mesmo tempo que reduziu as receitas regulares com a mensalidade destes utentes”.
Numa nota enviada à comunicação social, o CSMP informa que “foi possível, até ao momento, assegurar os compromissos de tesouraria relativamente aos trabalhadores e obrigações fiscais”.

No entanto, “no que respeita aos compromissos com os nossos fornecedores a situação começa a ser preocupante, com o alargamento dos prazos de pagamento a níveis que estes, não poderão suportar por muito mais tempo”, refere a nota, que termina com um pedido de auxílio à população para ultrapassar a situação.