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Águeda // Economia // Negócios & Empresas  

Parque do Casarão vai receber 20 milhões para ser área empresarial de nova geração

Mais de metade do investimento (cerca de 10.160 milhões) no PEC implica a instalação de Sistemas de Produção e Armazenamento de Energia Renovável para autoconsumo.

Dos 110 milhões de euros de fundos disponibilizados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para Áreas de Acolhimento Empresarial de Nova Geração, mais de 20 milhões vão ser aplicados no Parque Empresarial do Casarão (PEC), em Águeda. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara de Águeda, no dia 17 de janeiro.

A candidatura de Águeda ficou classificada em 1.º lugar a nível nacional e regional (82 pontos em 100), sendo a candidatura com maior valor de investimento elegível e a conceder a nível nacional. Foi também a única candidatura aprovada abrangendo as cinco tipologias de investimento a nível nacional.

Outros municípios viram as suas candidaturas aprovadas e para estes irão os restantes 90 milhões de euros: Melgaço, Chaves, Vila Real, Guarda, Oliveira do Hospital, Rio Maior, Campo Maior, Beja e Lagos.

O desenvolvimento da candidatura aguedense implicou o envolvimento das empresas do Parque Empresarial do Casarão, tendo 21 das 25 empresas existentes assinado acordos de parceria para a implementação das soluções preconizadas. Cumulativamente, e tendo em conta o conteúdo associado às questões de energia e eficiência energética, o Lighting Living Lab (incluindo a Universidade de Aveiro, através da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda – ESTGA) associou-se a esta iniciativa, com vista à criação da futura Comunidade de Energia Renovável (CER) do PEC-Águeda.

As cinco tipologias de investimento

Mais de metade do investimento (cerca de 10.160 milhões) no PEC implica, desde logo, a instalação de Sistemas de Produção e Armazenamento de Energia Renovável para autoconsumo. Serão também ali instaladas Ilhas de Qualidade de Serviço de Estabilidade Energética, com o objetivo de mitigar os constrangimentos existentes e a resolução de falhas de estabilidade e qualidade de fornecimento de energia elétrica (quase 7 milhões de euros).

Este parque industrial ficará dotado de um sistema partilhado de abastecimento elétrico de veículos ligeiros e pesados.
Mais de um milhão de euros será aplicado no reforço da cobertura com soluções de comunicação 5G.

Finalmente, ao abrigo desta medida objetiva-se a implementação de um Sistema Integrado de Gestão Contra Incêndios, de forma a garantir a segurança coletiva das pessoas, das partes comuns do parque e das unidades fabris instaladas no PEC-Águeda.

“Com este projeto, num modelo de soluções integradas, será possível reforçar a competitividade das empresas instaladas e a promoção de uma maior capacidade de atração e fixação do território”, realçou o presidente da Câmara, Jorge Almeida. O autarca destacou, ainda, a importância e pertinência desta operação face à sua articulação com outro investimento – “Ligação do Parque Empresarial do Casarão ao IC2” e o “Eixo Rodoviário Aveiro – Águeda” identificado no PRR português.

A somar às intervenções previstas ao abrigo da candidatura aprovada, importa ainda destacar a aprovação no PDIRT, da construção de Linha de Muito Alta Tensão de ligação ao PEC-Águeda (no montante de 10 milhões de euros), cujo modelo de implementação está a ser estudado em conjunto pela Câmara Municipal de Águeda, a ERSE – Entidade Reguladora para os Serviços Energéticos e a REN – Rede Elétrica Nacional , contando ainda com a colaboração da E-Redes.

Com a implementação de todas estas soluções, “o PEC-Águeda apresentará condições para a atração de investimento dificilmente comparáveis na Região Centro e no próprio país, sobretudo no que se refere aos grandes consumidores de energia elétrica ou para empresas com elevado conteúdo tecnológico, facto que será ainda mais alavancado pela melhoria das acessibilidades ao mesmo já em andamento e à futura ligação Águeda-Aveiro”, conclui a autarquia.