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Águeda // Cultura  

Livro exibe “Manto de Emoções” do Centro de Artes de Águeda

Editado pela Câmara, obra é da autoria de Maria Helena Pires e conta com as ilustrações em aguarela de César Pereira.

O livro “Centro de Artes de Águeda, Manto de Emoções”, editado pela Câmara de Águeda, com a autoria de Maria Helena Pires e ilustrações do arquiteto César Pereira, foi lançado, na passada quarta-feira, no Café-concerto do CAA.

Para a Câmara, esta publicação integra a aposta estratégica municipal, que se assume como um concelho produtor de arte e cultura, assente na valorização e promoção das tradições locais, bem como na salvaguarda do património histórico cultural do concelho.

Na sessão, Marlene Gaio, vereadora da Educação da Câmara Municipal de Águeda, salientou a importância da obra e de como expressa, em aguarela, algumas das imagens mais marcantes dos primeiros anos de atividade do CAA, “um dos ícones da arte e cultura locais”. Desde logo com a imagem da capa, com a chaminé da antiga cerâmica Guerra & Cruz, que “simboliza a indústria, o empreendedorismo e o espírito de iniciativa dos aguedenses”.

Marlene Gaio frisou que, ao folhear o livro, “quase que conseguimos sentir a azáfama na preparação dos espetáculos, o nervosismo dos artistas que se preparam para entrar em palco, a ansiedade do público, as partilhas e as sinergias, o deslumbre das exposições, as viagens imaginárias que já aqui fizemos, quase que conseguimos ouvir os acordes de afinação dos instrumentos”. É esta “arte viva” e esta “vivência da arte” que nos trazem “um manto de emoções”, que “tão bem são observadas nas aguarelas” do ilustrador.

Tal como as inúmeras obras de Maria Helena Pires, que “constituem um património literário de valor inestimável”, este livro “enaltece a arte e cultura locais e que tão bem promove a nossa cidade e o nosso concelho”.

A autora, natural de Chaque (Branca, Albergaria-a-Velha) e radicada em Águeda há mais de três décadas, estava visivelmente emocionada e nervosa com o lançamento desta sua mais recente obra, frisando que este livro “tem uma força e mérito extraordinários” e “reflete a qualidade do trabalho artístico, a emoção e devoção que o César coloca nos seus trabalhos”.

Apesar da diferença geracional, garante haver “um respeito integral pela liberdade de criador” entre ambos, o que, no seu entender, leva à criação de vários projetos, entre os quais este livro e outros que tem em andamento. “Estamos a perspetivar novos encontros a propósito de livros”, avançou, apontando para breve o lançamento de uma nova publicação “Olha o rio se vai lindo”.

César Pereira, arquiteto aguedense de 31 anos, apontou o “grande desafio” que foi converter algumas imagens fotográficas de eventos e aspetos arquitetónicos do CAA em aguarela. “Pintar em aguarela, que já não fazia há muito tempo, e a complexidade das fotografias” foram os seus maiores desafios nesta obra que pode ser adquirida no CAA.