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Univ. de Aveiro lidera nos pedidos de patente europeia com origem em Portugal

Continua a destacar-se o contributo de universidades e centros de investigação nos pedidos de patente.

A Universidade de Aveiro (UA) surge no topo da lista de pedidos de patente registados no Instituto Europeu de Patentes (IEP) por empresas e inventores portugueses, em 2022. Na coliderança da lista surge a Feedzai – Consultoria e Inovação Tecnológica. Ambas as entidades aparecem com 20 pedidos. Nesta edição, como nas anteriores, continua a destacar-se o contributo de universidades e centros de investigação.

O Índex de Patentes 2022, publicado pelo IEP, revela que o número de pedidos de patentes registado no IEP por empresas e inventores portugueses aumentou 7,6% em 2022. No ano passado, os inventores portugueses submeteram 312 pedidos de patentes no IEP, o maior volume anual até à data, e mais de 40% acima do volume registado há cinco anos.

O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) divulga, no seu website, que seis dos 10 principais proponentes no IEP são universidades e institutos portugueses. No caso da UA, destaca-se o número de pedidos na área da biotecnologia aplicada à saúde, seguido da biotecnologia aplicada a outras áreas e, depois, alguns pedidos nas áreas de novos materiais e TICE. “A biotecnologia, como área tecnológica com grande crescimento nos últimos anos, e a forte aposta da UA na área dos materiais e TICE justificam o elevado número de patentes nestas áreas”, comenta do vice-reitor da UA, Artur Silva.

Considerando que “a aposta na investigação e consequentemente na inovação é uma forma de investir no futuro” e que “a inovação ajuda a melhorar a vida das pessoas, contribuindo para solucionar muitos dos desafios da nossa sociedade”, Artur Silva salienta a estratégia da instituição nesta área: “O apoio da Universidade de Aveiro (UA) à investigação e à inovação gera valor acrescentado ao incentivar colaboração inter, multi e transdisciplinar, que é fundamental para obter verdadeiros progressos científicos”. Por outro lado, “a colaboração com os parceiros não académicos também potencia a investigação e inovação desenvolvida na UA”.

Na UA, a unidade UACOOPERA assegura a interface da academia com o exterior, tendo como função promover uma cultura de inovação e de transferência de conhecimento e apoiar a Academia na resolução dos problemas e na resposta aos desafios das empresas e da sociedade em geral, valorizando o conhecimento gerado e potenciando o cumprimento da sua Terceira Missão (cooperação com a sociedade). Marta Marques, coordenadora desta unidade, acrescenta: “A UA tem apostado na proteção dos seus resultados de Investigação e Desenvolvimento (I&D), criando uma forma destes poderem constituir-se como mais valias exclusivas para as empresas que os venham a incorporar nos seus modelos de negócio, mas também potenciando o reconhecimento do papel da UA nos avanços científicos e tecnológicos e na criação de novos produtos e serviços com elevado valor acrescentado”. “A subida registada pelo IEP no caso da UA é o resultado desta estratégia”, destaca.

A Alemanha continua a ser o país líder europeu no que respeita aos pedidos de patentes, embora estes tenham diminuído 4,7% no ano passado. Os pedidos da generalidade dos outros países que lideram esta atividade para o mercado europeu subiram, incluindo na Suíça (+5,9%), Países Baixos (+3,5%) e França (+1,9%). Entre os países com maior volume de pedidos de patentes (mais de 1.000 pedidos), os principais aumentos foram registados pela Irlanda (+12,3%), Bélgica (+5,0%) e Áustria (+3,4%).

Em 2022, os principais requerentes de patentes no IEP foram a Huawei, seguida pela LG, Qualcomm, Samsung e Ericsson.