Tive oportunidade de ler com atenção as afirmações/confissões publicadas no Jornal da Bairrada do dia 25.02.2021, proferidas pelo putativo Candidato à Câmara Municipal de Anadia, pelo Partido Socialista e cujo conteúdo deriva de uma conversa que teve com a filha de 4 anos e na qual explica as suas motivações/razões na assunção da candidatura.
Pese embora que à pergunta da petiz, “o que é ser socialista?” não tenha dado resposta, fiquei com a ideia que a sua argumentação, no que à avaliação do Executivo camarário respeita, é redutora, rebuscada e demagógica.
E digo redutora e rebuscada tendo em conta o exemplo argumentativo a que recorre, perfeitamente despido de critério; o “cachet” pago à artista Ana Carolina foi caro?, o de Rodrigo Leão foi barato? ou não devia haver concertos? (é que assim a poupança seria maior), e houve retorno financeiro?
Estamos a falar de eventos realizados em 2018!
Digo demagógico, porque este tipo de estratégia (?) roça o populismo (este sim barato).
O arrazoado de “alternativas” propostas, sem haver o cuidado na verificação da sua pertinência e necessidades, porque satisfeitas, torna-as de facto demagógicas.
Em 2015 Anadia era, e cito-o: “destaco ainda a dinâmica implementada pelo MIAP, na área da cultura, em termos desportivos, em todo o movimento económico, hoteleiro, na área da juventude, em termos ambientais, em termos sociais e em termos políticos.”
“É inquestionável que Anadia está diferente, está melhor.”
Terá havido uma mudança tão radical neste mandato que leve a esta mudança opinativa também ela tão radical do Senhor Candidato?
Conheço-o e não só por isso, pelo respeito que me merece e pelo rigor que o caracteriza, entendo que esta forma de se afirmar está enviesada pela candidatura que ora assume, quiçá fruto dos interesses que a conotação política implica.
Aguardo por outras razões/opiniões mais consistentes e estruturantes para bem da Nossa Anadia.
Ninguém atira pedras a uma árvore sem fruto, constato.
