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Anadia // Bairrada  

Anadia: Alunos falam de património cultural

Trinta e dois alunos do 4.º ano de escolaridade, de 16 escolas do 1.º CEB da rede pública e privada do município de Anadia deram “corpo” a uma Assembleia de Alunos, este ano subordinada à temática “Património Cultural”.
O evento, promovido pela Câmara Municipal de Anadia, teve lugar na última terça-feira, no salão nobre dos Paços do Concelho.
Nesta 4.ª edição da Assembleia de Alunos, foi dado revelo ao vasto e riquíssimo património cultural existente no concelho. Isso mesmo foi avançado a JB pela vereadora da Educação, Rosa Maria Tomás, que sublinhou o facto da iniciativa ter como principal objectivo sensibilizar as crianças para o conhecimento, estudo, protecção, divulgação e fruição do Património Cultural.
“O evento permite alargar os horizontes das crianças não só em matéria de património físico, como também não físico, não material”, salientou Rosa Tomás. Daí, os temas trazidos a esta Assembleia de Alunos terem sido tão diversos, quanto ricos. Por exemplo, a Escola Básica do Chãozinho deu destaque às culturas da vinha e do milho. Trabalhos agrícolas de grande importância para a subsistência das gentes da freguesia. Já a Escola da Moita fez do Rugby o tema a abordar na sessão. Mas figuras públicas como, Alves Barbosa, D. Manuel Trindade, Manuel Francisco Pereira, Justino Sampaio Alegre, arquitecto Cipriano Rodrigues Maia foram evocadas pelas escolas da Pista, Pereiro, Poutena e Avelãs de Cima, respectivamente.
Segundo ainda a vereadora da Educação, para algumas destas crianças este terá sido o primeiro trabalho de investigação realizado. Uma situação que irão encontrar com mais frequência, pela vida académica fora. “Mas mais do que aquilo, hoje, aqui apresentado, valorizamos as horas de trabalho realizadas nas escolas pelos alunos e professores”, disse ainda.
Também Luís Santos, director do Agrupamento de Escolas de Anadia e presidente da Assembleia Municipal se mostrou bastante agradado com a iniciativa.
“Uma situação interessante”, já que, como explicou, tudo o que possa retirar os alunos de dentro das salas de aulas e contribuir, noutros espaços e locais, para a aprendizagem, é salutar e bem-vindo.
Por outro lado, defende que iniciativas deste género permitem a confraternização entre crianças de diversos estabelecimentos de ensino, assim como permitem que se fale (neste caso) de património cultural, “despertando as nossas crianças e jovens para as riquezas da terra e da região”, “tentando enraizá-las às nossas terras e aos nossos valores”.

Catarina Cerca