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Anadia // Bairrada // Sangalhos  

Condutor desobediente acusa militares de o terem prensado e algemado

Um homem, residente em Sangalhos, condenado, na penúltima quinta-feira, pela prática de um crime de desobediência, na pena de multa de 350 euros e proibição de conduzir durante três meses e 15 dias, queixou-se à juíza que a patrulha da GNR o tinha “prensado contra o carro e algemado”. O homem foi ainda mais longe com as acusações e disse que os militares lhe revistaram a carteira e que desapareceram 20 euros. “Não sei se o dinheiro terá caído, mas a verdade é que desapareceu”, disse o arguido.
Segundo a acusação, o homem negou-se a efetuar o teste de álcool, afirmando que “preferiria ir preso do que soprar no balão”. “Vou queixar-me ao capitão de Anadia e acabo com as vossas carreiras”, disse o arguido aos militares.
O arguido queixou-se ainda de ter sido transportado algemado para o posto de Oliveira do Bairro e depois para Sangalhos. Declarações que, para a juíza e para a Procuradora Adjunta da República, não foram verosímeis e que não foram levadas em conta, até porque a versão dos militares, coincidente, nas afirmações, foi clara. “Mandámos parar o arguido e este virou-se para o passeio e começou a urinar. Depois fomos para fazer o teste de álcool, e o arguido negou-se, afirmando que iria fazer queixa ao capitão de Anadia e acabar com as nossas carreiras”, contou o militar, sublinhando que “o arguido começou, entretanto, a esbracejar, tendo sido algemado por questões de segurança”.
Ambos os militares disseram que o arguido, apesar de não aparentar estar alcoolizado, cheirava a álcool.
A juíza formou a convicção a partir dos testemunhos dos militares, que mereceram toda a credibilidade. “O tribunal não pode valorar as declarações do arguido”, referiu a magistrada.