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Bairrada // Mealhada  

Mealhada: De noite ou à chuva… o samba nunca morre

Fotografias: Oriana Pataco

A ameaça de chuva no domingo, que levou mesmo ao cancelamento do primeiro desfile deste ano do Carnaval Luso-Brasileiro da Bairrada, não demoveu a organização, que procurou de imediato uma solução. O desfile noturno na segunda-feira, algo inédito no carnaval da Mealhada, acabou afinal por ser uma agradável surpresa, atraindo às ruas da cidade largos milhares de pessoas. A Associação de Carnaval da Bairrada já equaciona mesmo a introdução deste espetáculo noturno em organizações futuras.
Na terça-feira, chovesse ou fizesse sol, o corso teria mesmo de sair e assim se cumpriu a tradição daquele que, este ano, acabou por se tornar um carnaval de homenagens.
Abriu o desfile a escola de samba GRES Batuque, que apostou num samba enredo a partir da conhecida música de Alcione, “Não deixe o samba morrer”.
Logo depois, os Sócios da Mangueira, que acabaram por sair (de novo) vencedores do Troféu Joham de Oliveira, o concurso de escolas de samba do Carnaval Luso Brasileiro da Bairrada, uma coorganização entre as quatro escolas e a Associação de Carnaval da Bairrada. Os bi-campeões Sócios da Mangueira homenagearam o sócio fundador e carnavalesco Joham de Oliveira (falecido há pouco mais de um ano e que dá nome ao Troféu), com o enredo “Criei asas, voei”.
GRES Amigos da Tijuca optou por prestar homenagem a Che Guevara, com o tema “Hasta la victoria… siempre – A viagem começa aqui”.
Já a Real imperatriz escolheu “O princípio do fim”, numa alusão à mitologia grega.
Juntaram-se ainda ao desfile a Fanfarra de Gondomar, Gaiteiros & Cabeçudos, Equipa Espiral, Artelier e Desafio d’Arte.
O desfile terminou com o carro dos reis deste Carnaval: o ator brasileiro Vítor Hugo e a DJ e ex-atriz e modelo Raquel Loureiro. Vítor Hugo foi bastante solicitado e nunca recusou uma selfie com o público, aliás os reis demonstraram sempre muito boa disposição, tendo dançado e rido muito com quem assistia nas ruas.
As pontuações das escolas foram as seguintes: 298,2 pontos para os Sócios da Mangueira; 296,5 para os Amigos da Tijuca; 296,2 para Batuque; e a Real Imperatriz ficou-se pelos 286,7 pontos.
Os Sócios da Mangueira obtiveram a pontuação máxima (30) nos quesitos samba-enredo, enredo e conjunto. Nota máxima ainda no enredo para os Amigos da Tijuca.

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