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Opinião

Opinião: Mamarrosa – a vila esquecida

Arsélio Canas
Membro do PSD na Assembleia Municipal
de Oliveira do Bairro

Enquanto membro da Assembleia Municipal de Oliveira do Bairro somos eleitos numa lista concelhia e, como tal, devemos defender o desenvolvimento de todo o concelho. No entanto e pedindo desculpa aos eleitores que nas últimas eleições autárquicas votaram no PSD para a Assembleia Municipal, permitam que me referencie neste artigo à vila donde sou natural – a Mamarrosa.
Mamarrosa é, hoje, uma vila esquecida pela Câmara Municipal. Se nos mandatos anteriores, com o PSD na Câmara Municipal, vimos investimentos na Mamarrosa de alguns milhões de euros, donde se destacam a instalação do IEC – Instituto de Educação e Cidadania, instituição de referência a nível concelhio, regional e nacional, que leva longe a sua atividade e o nome da Mamarrosa e do concelho e fundamentalmente a construção do novo polo escolar, obra fundamental para fixar as famílias e cativar no futuro nova população. Aqui convém referenciar que no entender do CDS-PP, a quantidade de polos escolares construídos no concelho foi excessiva e potenciadora de despesa corrente, mas facilmente se depreende por exclusão de partes que, sendo a Mamarrosa, a essa data, a freguesia mais pequena e depois englobada na União de Freguesias de Bustos, Troviscal e Mamarrosa com a reforma administrativa, este polo não seria construído. Mas o anterior presidente da Câmara, Mário João Oliveira foi um homem de palavra e disse que a Mamarrosa teria o seu novo polo escolar e honrou essa palavra, construindo-o. Mamarrosa teve aí o seu maior investimento de sempre.
Hoje temos a mesma cor política na Junta de Freguesia e na Câmara e era expectável que algumas obras, tão criticadas nos mandatos anteriores pelos elementos do CDS-PP na Assembleia Municipal, avançassem. Como por exemplo o passeio da Mamoa até ao Parque do Rio Novo. Mas a montanha “pariu” um rato. É fácil criticar, mas as obras não se fazem com a crítica e, volvidos 15 meses de governação centrista na Câmara Municipal, a obra não aparece. Ficamos nos estudos prévios.
Mas esta não é situação única. Vejamos o estado da iluminação pública da zona central da vila, onde parte dos candeeiros, em vez de iluminarem a via pública, iluminam os quintais. Olhemos para os candeeiros das passadeiras elevadas junto ao IEC e a Igreja Matriz continuamente apagados. Olhemos para a iluminação do largo Prof. Dr. Arsélio Pato de Carvalho, em frente ao IEC, onde passados 15 meses, continua o mesmo candeeiro partido e todos apagados de momento. A degradação é notória e gritante. No entanto, não é só ao nível da iluminação que o mau estado se nota. Vejamos o estado de manutenção dos passeios onde as árvores plantadas foram morrendo, muitas vezes por falta de manutenção e não foram repostas. Vejamos a pobreza da iluminação de Natal nos espaços públicos, largo do IEC, Igreja Matriz e rotunda da Mamoa. No ano transato, as fachadas dos edifícios do IEC e da Casa do Povo/Junta de Freguesia foram iluminadas, este ano a Câmara esqueceu-se. Fala-se que o prestador de serviços que ganhou o concurso das iluminações de Natal no concelho não cumpriu o caderno de encargos. E perguntamos nós – afinal a quem cabe fiscalizar? Não é essa uma competência da Câmara Municipal, enquanto entidade promotora adjudicatária?
Sr. Presidente da Câmara, onde estão previstas as obras no orçamento da Câmara para 2019, para a Mamarrosa?
Os mamarrosenses estão a ficar cansados de serem esquecidos. E seria útil que os membros eleitos locais nos diferentes órgãos autárquicos, não se esquecessem de defender a sua terra e as suas gentes.