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Bairrada

Associativismo… a quanto obrigas

A falta de tempo, o desinteresse, o comodismo, o desenraizamento… sobram pretextos para o não aparecimento de voluntários para liderar e dar vida às coletividades.

Dar aos outros o melhor de si sem nada esperar em troca sempre foi o que norteou quem se predispõe a dar o seu tempo, a sua boa vontade e o seu conhecimento em prol de uma causa.

Não há uma aldeia, sequer um lugar na Bairrada que não tenha – ou não tenha tido – uma Casa do Povo, uma associação de melhoramentos, um clube desportivo, um grupo cultural e recreativo. Durante décadas, muitas destas organizações foram realmente descentralizadoras, substituíram-se ao poder local, resolvendo problemas estruturais, colmatando lacunas sociais, promovendo o bem-estar das populações através do desporto e da cultura. Apenas a carolice, o bairrismo e o bem fazer moviam estes homens e mulheres que, fruto do seu voluntarismo, ajudaram a desenvolver as suas terras.

Porém, nos últimos anos, assistimos a sinais de mudança no associativismo, que se agudizaram com a pandemia de Covid-19. A falta de tempo, o desinteresse, o comodismo, o desenraizamento… não faltam pretextos para o não aparecimento de voluntários para liderar estas coletividades. “São sempre os mesmos”, ouvimos dizer. Mas se não forem estes, que futuro terão as nossas associações?

Nesta reportagem, revelamos testemunhos de líderes associativos, nas áreas cultural e social, e as suas dificuldades em encontrar voluntários para alimentar as fileiras dos grupos e os órgãos sociais.

A ler na edição de 9 de fevereiro de 2023.