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Desporto // Voleibol  

Irmãos da Tocha decisivos em apuramento histórico no voleibol feminino nacional

A seleção nacional de Sub-22 femininos venceu a Ucrânia por 3-2 e apurou-se diretamente para a fase final do Campeonato da Europa de 2024.
A seleção é treinada por João Santos e pela irmã, Beatriz Santos, da Tocha, Cantanhede.

A treinadora Beatriz Santos e o selecionador nacional João Santos – dois irmãos da Tocha, Cantanhede – orientaram a nova geração de atletas portuguesas para a obtenção de um apuramento histórico.

A seleção nacional de Sub-22 femininos venceu a Ucrânia por 3-2 (parciais de 26-24, 25-18, 21-25, 24-26 e 20-18) e apurou-se diretamente para a fase final do Campeonato da Europa de 2024, que se realiza em Itália, em junho e julho do próximo ano.

Foi uma dura batalha de 2h31 minutos, que terminou da melhor forma para as portuguesas, que se tornam assim na primeira seleção feminina dos escalões de formação a conseguir estar presente numa fase final de um Campeonato da Europa.

Ao triunfarem sobre as ucranianas, as portuguesas asseguraram o 1.º lugar na classificação da Pool A de Qualificação para o Campeonato da Europa, disputada no Pavilhão Multiusos de Paredes.

Em declarações no final do jogo, João Santos destacou algumas condições favoráveis, nomeadamente o fator casa, o apoio das famílias e do público, bem como o estágio realizado com algum tempo de antecedência e que permitiu uma melhor preparação.

“Sabíamos que seriam dois embates extremamente difíceis e competitivos, e conseguimos preparar-nos o melhor possível para chegarmos aqui e vencermos os três jogos”, frisou o selecionador nacional.

João Santos prevê “um futuro risonho” para estas atletas, muitas das quais já estão integradas em bons ambientes competitivos. “É a prova de que o voleibol feminino tem vindo em crescendo nos últimos anos e isso só nos ajuda.” Às atletas desejou “o melhor”, que “continuem o seu desenvolvimento e estou certo de que veremos algumas delas numa futura convocatória da seleção sénior”.

O facto de estar a trabalhar com a irmã, confessa o selecionador nacional, também foi determinante. “Para a minha família, é extremamente especial estarmos a viver este momento juntos”, disse, destacando “a cumplicidade, que ajuda na comunicação”. Por outro lado, foi determinante para este apuramento “a linha de trabalho ser idêntica e muitas das miúdas já estarem a trabalhar com a professora Beatriz há cerca de dois meses, o que facilitou o nosso trabalho”.