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Mira // Região  

Artur Fresco quer deixar a sua marca no Município de Mira

Barrinha (Praia de Mira) vai voltar a ter uma praia fluvial. A notícia foi dada, em primeira mão, ao JB, na entrevista de balanço de meio ano de mandato de Artur Fresco, que sucedeu a Raul Almeida na presidência da Câmara Municipal de Mira.

Artur Fresco, 58 anos, tomou posse a 30 de agosto de 2023 – há precisamente seis meses – como presidente da Câmara de Mira. O até então vice-presidente da autarquia tomou o lugar deixado em aberto por Raul Almeida, que assumiu a presidência do Turismo Centro de Portugal.

As obras e projetos em curso ainda têm o cunho do anterior presidente, mas Artur Fresco quer, muito em breve, começar a deixar a sua marca.

As apostas para o ano e meio que resta do mandato, a notícia em primeira mão da praia fluvial da Barrinha e a continuidade no cargo são assuntos em destaque neste “À conversa”.

JB: Foi “obrigado” a assumir a liderança da CM Mira, em virtude da saída de Raul Almeida para o Turismo Centro de Portugal [TPC]. Como foi (ou está a ser) a adaptação?
Artur Fresco: O sistema adotado anteriormente, pelo ex-presidente, Raul Almeida, era perfeitamente transparente. Tanto eu, como vice-presidente, como os vereadores, estávamos sempre por dentro das matérias. As reuniões eram realizadas aqui, nesta mesa [no gabinete do presidente], onde todos os assuntos eram colocados, para toda a gente contribuir. As decisões nunca eram tomadas unilateralmente. Toda a gente participa em tudo. Eu achei por bem dar continuidade a este sistema. Por isso, a passagem foi tranquila e o sistema continua a ser o mesmo.

JB: Em seis meses, já é possível sentir-se o cunho de Artur Fresco no Município?
AF: Penso que não. Temos obras que terminámos e que estamos a inaugurar, temos algumas que irão iniciar mas em que ainda não é visível o cunho de Artur Fresco. Eu não quero colher louros que não sejam meus.
Terminámos recentemente, no final do ano, a requalificação do centro da vila, da Rua Óscar Moreira da Silva, iremos provavelmente inaugurar o centro de Recolha Oficial de Animais, em construção há bastante tempo. Ou seja, são obras que vêm de trás.
Obviamente, quando assumimos estes cargos, assumimos as coisas boas e as coisas más. As obras que estavam em curso vão ser inauguradas por outra pessoa. É evidente que eu também colaborei mas os louros não são só meus.
O que lançámos agora e o que no futuro será feito, aí sim, terá a marca de Artur Fresco. Para já, é uma continuidade do trabalho existente e as obras que estão a finalizar-se vinham de Raul Almeida.

JB: O que aprendeu com Raul Almeida e do qual não abdica?
AF: A transparência e a liberdade de expressão. Era a verdadeira democracia, onde todos participam, onde todos colaboram e onde todos têm direito à sua opinião. Depois, claro, é o ponderar de todas as opiniões e a tomada de decisão. Isso cabe sempre ao presidente, é um ato muitas vezes solitário e que não agrada a todos. Mas… faz parte do cargo.

JB: É possível programar algo de novo para este ano e meio de mandato? Ou será simplesmente um período para concluir o plano de atividades já previsto?
AF: Temos coisas em andamento, coisas novas, e que vamos fazer.
Começava por uma boa notícia. Foi dado um parecer favorável, há dias, pela Agência Portuguesa do Ambiente, que nos permitirá ter uma praia fluvial na Barrinha, na Praia de Mira. Esta intenção, de repor aquela praia fluvial, era transversal a vários executivos, e finalmente veio a notícia de que será possível. Já tínhamos um projeto elaborado, que temos de adaptar e ainda não será para esta época balnear, mas estou em crer que, em 2025, estará em funcionamento.

Leia a entrevista completa na edição de 29 de fevereiro de 2024