Assinar


Cultura // Mealhada  

FLIM – Festival Literário da Mealhada anima concelho até sábado

Até sábado, as iniciativas, que combinam os livros, a palavra e os autores com os valores da Liberdade e da Democracia desdobram-se, percorrendo escolas, biblioteca, polos de leitura, cineteatro e até espaços comerciais do concelho da Mealhada.

Os livros, os contos, as tertúlias e até os escritores andam por todo o concelho da Mealhada durante três dias. A segunda edição do FLIM – Festival Literário da Mealhada começou, ontem, com Natália Correia – com a sua liberdade e rebeldia –, pelas vozes de Fernando Pinto do Amaral e de António Vilhena, e prolonga-se até sábado (dia 23 de março) com as mais inusitadas propostas que ligam os livros aos valores de Abril.

Se na Biblioteca Municipal da Mealhada o FLIM iniciou com uma conferência de Natália Correia  e com a tertúlia “A liberdade em Natália Correia”, com Fernando Pinto do Amaral, Joaquim Vieira, Ângela Almeida e Fernando Dacosta, quase em simultâneo, quer o Agrupamento de Escolas da Mealhada, quer a Escola Profissional Vasconcellos Lebre recebiam oficinas de escrita criativa, como o “Rap vai à escola” e a “Mala criativa”, com a “Histórias em Flor”, trazida pela Poets and Dragons e a “Biblioteca Humana”, a espalhar saber pela voz de alguém.

Até sábado, as iniciativas, que combinam os livros, a palavra e os autores com os valores da Liberdade e da Democracia desdobram-se, percorrendo escolas, biblioteca, polos de leitura, cineteatro e até espaços comerciais do concelho da Mealhada.

“O projeto do festival é uma manifestação de cidadania. É uma festa dos livros e da palavra em que as nossas gentes podem partilhar a cultura com outros atores e agentes. É o espaço onde poderemos celebrar as conquistas e valores de Abril com poetas, escritores, atores, mas também com os nossos alunos e professores, com a nossa comunidade”, afirma Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada.

A programação do Festival inclui um jantar literário, cinema, teatro, conversas com jovens e apresentações de livros. Hoje, sexta-feira, os jovens da Zona 231 debatem os valores do 25 de Abril e, pelas 21h, realiza-se o espetáculo “20 a dizer” da Trigo Limpo – Teatro ACERT, na Destilaria do IVV.

No sábado, logo pela manhã, a companhia Catrapum Catrapeia pergunta aos leitores da Biblioteca da Mealhada “Zeca Afonso, sabes quem é?” e o Cineteatro Messias recebe o espetáculo “Muito Riso, Muito siso”, da Orfeu, com a Oficina de Música do Agrupamento de Escolas da Mealhada. Luís Fernandes, no papel de músico “diseur”, dará vida e voz a textos humorísticos de grandes vultos da literatura de expressão portuguesa, num espetáculo simplista que dá vida às palavras e de um humor potente.

Ainda no sábado, destaque também para a série documental “África Nossa”, da Camões TV e Paulo Fajardo, e para o projeto multimédia “Às escondidas, elas também fizeram a Revolução”, da revista digital DIVERGENTE, que, pela primeira vez, mapeia as casas onde várias mulheres viveram clandestinas durante a ditadura, apresentando uma compilação de nomes e moradas. A investigação também recupera o dia-a-dia de duas mulheres durante a clandestinidade, Luísa Tito de Morais e Maria Machado. A apresentação está marcada para as 14h30, no Garden Lounge Bar, na Mealhada.

O FLIM é uma das iniciativas que resulta da cooperação da Câmara Municipal da Mealhada com a Rede de Bibliotecas de Mealhada, o Agrupamento de Escolas de Mealhada e a Escola Profissional Vasconcellos Lebre, destinadas a promover a leitura, o livro e a literacia na comunidade local.