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Autárquicas 2025 // Vagos  

Chega aposta em Olavo Rosa para “salvar Vagos”

Candidato apresenta-se como uma alternativa e quer “pôr Vagos a funcionar”.

Olavo Rosa, empresário de 44 anos residente na Gafanha da Boa Hora, é o candidato do Chega à presidência da Câmara Municipal de Vagos nas eleições autárquicas de 12 de outubro. Apresenta-se como uma alternativa de rutura com o paradigma de governação que, segundo afirma, tem sido dominado por uma “gestão de interesses pessoais” ao longo dos últimos 24 anos.

Gestor no ramo da manutenção e automação industrial, Olavo Rosa estreia-se na política autárquica motivado pelo apelo à mudança que diz sentir nas ruas e nos eleitores. Assume-se como “uma pessoa honrada, acessível e sem artimanhas” e aponta a sua candidatura como um ato de cidadania: “Não é por dinheiro. Arrisco-me até a perder com isto. Mas quero devolver dignidade a Vagos.”

Criticando a “dívida astronómica” da autarquia, resultado de uma “má gestão do PSD”, defende uma auditoria imediata às contas. Propõe transformar a câmara numa “entidade facilitadora”, com serviços céleres, acessíveis e funcionais – “Quem vai à câmara tem de sair com soluções, não com obstáculos” – e negociar com a DGAL (Direção-Geral das Autarquias Locais) a transferência direta de verbas para as juntas de freguesia, garantindo maior proximidade, autonomia e capacidade de execução.

O turismo e a saúde são também bandeiras do seu projeto autárquico. Olavo Rosa quer criar um grupo de trabalho para captar fundos europeus na área do turismo, setor que considera “subaproveitado”, e reativar os postos médicos encerrados, nomeadamente, o da Gafanha da Boa Hora. Na educação, denuncia “a ausência de aquecimento no Colégio de Calvão”, e promete interceder junto da tutela para garantir o bem-estar dos alunos.

Na cultura, defende a valorização das festas locais e sugere novas iniciativas, como uma “festa medieval no centro do concelho”, aproveitando tradições já existentes nas freguesias. Ainda assim, acredita que os recursos públicos devem ser investidos com critério e justiça: “Será que faz sentido gastar 25 mil euros num concerto de metal, quando há escolas sem aquecimento?”

Olavo Rosa assume que “não é político” e que não pretende governar com lógicas de poder ou favores: “Sou gestor e quero gerir Vagos como deve ser: com respeito, com disciplina e com resultados.” Confiante no crescimento do Chega no concelho, sustenta essa convicção nos resultados das legislativas e no descontentamento generalizado que diz sentir entre a população. “Os vaguenses sentem-se cansados de mais do mesmo e acreditam que o Chega pode ser essa mudança”, afirma.

Assegura contar com “uma equipa honrada, composta por cidadãos com vontade de trabalhar, e não por políticos profissionais” e garante que o partido apresentará listas a todos os órgãos autárquicos – segundo o candidato, a seleção de nomes está a ser feita com base na confiança e autonomia: “Ninguém foi imposto. Cada cabeça-de-lista escolheu a sua equipa.”

As expectativas são elevadas: “Acredito sinceramente na vitória. Só assim será possível devolver a dignidade e pôr Vagos a funcionar”.

Afonso Ré Lau