Ramiro Marques, residente em Sangalhos, além de praticar atletismo no Clube Atletismo HM Training de Sangalhos e de ser campeão distrital de Aveiro em várias modalidades, é, ainda, um dos novos campeões nacionais da Liga Masters em basquetebol. Este seu último sucesso desportivo é ainda mais relevante, se tivermos em conta que, até chegar à equipa de veteranos do Esgueira, nunca tinha jogado basquetebol federado! A sua história é um verdadeiro exemplo de dedicação e de superação e a prova inequívoca que nunca é tarde para se começar a praticar desporto.
Como é que foi começar a jogar pelos Masters do Esgueira sem nunca ter praticado basquetebol anteriormente?
Nunca tinha jogado basquetebol na vida! Praticava futebol de salão e outros desportos, mas nunca tinha sido desportista federado.
Como é que surgiu a oportunidade de ingressar no Esgueira?
Na altura, o Rui Mourinho (presidente do Esgueira) quis formar a Associação de Masters com os clubes de Aveiro. O meu filho tinha sido atleta dos Sub16 do clube e foi a partir daí que entrei no clube e que comecei a jogar, com 48 anos de idade.
De lá para cá, nunca mais parou de jogar…
Sim, sempre nos Masters do Esgueira, até ser campeão nacional, aos sessenta anos de idade.
E sempre com participação ativa dentro do campo…
Sim, sim!
É tido como um elemento muito importante para o grupo, que nunca falta a um treino e que está sempre presente…
Moro em Sangalhos, mas treino duas vezes por semana e faço questão de estar sempre presente. A minha função também é de motivar e agregar a equipa. Há dois ou três anos, tive uma micro rutura e falhei um ou dois treinos, mas fiz questão de estar presente e mostrar que é preciso estar com a equipa. Se eu sou capaz, eles têm de ser capazes, até porque começaram muito mais cedo e são mais novos. Isto é bom para mim, mas também sinto que é um estímulo para a equipa.
Qual é a sensação de ser campeão nacional de basquetebol em Masters?
É de muito prazer, primeiro porque faço uma coisa que gosto e depois é o grupo de trabalho. Gosto da união do clube e gosto das pessoas.
E ainda consegue conciliar o basquetebol com o atletismo?
Sim, consigo conciliar as duas modalidades. Ainda sou campeão distrital de salto em comprimento, triplo salto e lançamento do dardo e ainda faço lançamento do peso. A minha assiduidade no atletismo também me ajuda no basquetebol, porque me dá maior resistência física.
Que evolução tem tido o Clube de Atletismo HM Training de Sangalhos?
Acabámos de participar nos campeonatos distritais de Sub23 e estamos com muita dinâmica. Temos um atleta Sub12 com os máximos nacionais, já competimos na marcha e continuam a aparecer novos atletas.
Pedro Neves