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Águeda // Bairrada  

Aprovada moção contra fecho do laboratório do Hospital

A Assembleia Municipal de Águeda aprovou, na sexta-feira à noite, uma moção contra o encerramento do laboratório de análises clínicas do hospital local, agora integrado no Centro Hospitalar do Baixo-Vouga (CHBV).
A decisão foi tomada durante uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal convocada a pedido do presidente da Câmara de Águeda, Gil Nadais (PS), para discutir o futuro daquela unidade de saúde.

O texto final foi redigido na conferência de líderes e resulta de uma adaptação da moção apresentada inicialmente pelo autarca socialista e que ia mais longe, prevendo a entrega de uma providência cautelar contra o encerramento do laboratório e a instauração de ações judiciais contra os membros do Conselho de Administração do CHBV.

Na moção, aprovada por unanimidade, a Assembleia diz que vai promover todos os esforços junto do conselho de administração do CHBV para que a decisão do encerramento do laboratório de análises clínicas seja revogada.

Os deputados dão ainda conta do “enorme descontentamento e preocupação” da população utente do hospital de Águeda e dos seus profissionais de saúde em relação às notícias que têm vindo a público sobre o “esvaziamento de serviços” do hospital, bem como o “desvirtuamento” do modelo estratégico subjacente à criação do CHBV. O documento prevê também a criação de uma comissão composta por um representante de cada partido e dos independentes, para participar na reunião já agendada com o Conselho de Administração do CHBV no dia 13 de junho, no hospital de Águeda, para discutir estes assuntos.

O encerramento do laboratório de análises clínicas do Hospital de Águeda foi comunicado pelo presidente do conselho de administração do CHBV ao presidente da Câmara, que diz, no entanto, estar convencido que esta decisão “ainda pode ser reversível”.

Gil Nadais teme que esta decisão conduza a um “esvaziamento dos serviços e perda significativa da qualidade dos serviços de saúde prestados no hospital”.
O autarca do PS defende a revogação da medida, avançando com o elevado número de análises feitas por ano no Hospital de Águeda (cerca de 300 mil), sendo que a grande maioria, cerca de 70%, resultam de pedidos do serviço de urgência.