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Anadia: Criada rede de apoio a vítimas de violência doméstica

“Escutar Silêncios” é a designação de um projeto que se iniciou, este ano, no concelho de Anadia e que visa elaborar uma rede de apoio às vítimas de violência doméstica.
Vai ser desenvolvido através de uma rede de parceiros e entidades que possam intervir na área da violência, construindo uma plataforma de atuação conjunta entre serviço de saúde e entidades parceiras, contando ainda com o apoio do diretor executivo do ACES Baixo Vouga, Manuel Sebe e respetivo conselho clínico.
Silvana Marques avançou que, numa primeira fase, se pretende sensibilizar e capacitar os profissionais e outras entidades locais para intervir na problemática da violência doméstica, assim como criar mecanismos que permitam desencadear ações de prevenção e, simultaneamente, atuar precoce e articuladamente em situações de violência doméstica.
Este projeto surge na sequência de um processo de candidatura ao programa POPH em que a entidade promotora é a Administração Regional de Saúde do Centro. Os concelhos abrangidos são Anadia, Águeda, Oliveira do Bairro e Sever do Vouga. A responsabilidade de toda a Coordenação do Projeto cabe à enfermeira Silvana Marques, do Centro Saúde de Anadia e à psicóloga Teresa Almeida, do Centro de Saúde de Águeda.
Silvana Marques falou que, apesar desta Unidade aguardar homologação por parte do Ministério da Saúde, tem-se mantido ativa, no âmbito da intervenção comunitária e recentemente foi reforçada com entradas de novos recursos humanos, nomeadamente enfermeiros.
Segundo esta enfermeira especialista, nesta primeira fase, vai decorrer uma ação de sensibilização no mês de abril, em Águeda. Nos dias 28 e 29 de maio, será realizada uma formação específica aos profissionais de saúde de Anadia. Depois, a 4 de junho, a formação será para técnicos de IPSS’s e entidades parceiras. O objetivo é “criar uma rede de diferenciação para que a vítima possa ser apoiada”. Por isso, apelou às IPSS’s do concelho para que disponibilizem vagas (por uma ou duas noites) para que possam ser “abrigo temporário” e receber vítimas de violência doméstica.
A segunda fase, visa identificar situações de violência doméstica nos vários concelho envolvidos, sinalizar novas situações, mas também fazer o acompanhamento dos casos, nas Unidades do Centro de Saúde.
O projeto tem ainda como parceiros as Câmaras Municipais, Serviços Locais de Segurança Social, DIAP, PAV, Agrupamentos de Escolas, Hospitais de Águeda e de Anadia, IPSS’s, GNR, Bombeiros, Hospital de Aveiro, CPCJ, IEFP, Cáritas, Associações Empresariais e Comerciais, entre outros.
CC