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Anadia // Bairrada  

Executivo de Anadia aumenta de 10 para 25 as bolsas ao ensino superior

São 25 as bolsas de estudo ao ensino superior que a Câmara Municipal de Anadia vai disponibilizar no novo ano letivo que agora começa. Depois de no ano anterior ter disponibilizado 10 bolsas de estudo, este ano o executivo de Teresa Cardoso aumentou para 25 as bolsas a atribuir.
Agora, decorre até ao próximo dia 30 de outubro, o prazo de candidatura às 25 bolsas de estudo.
Na última reunião de executivo esta proposta foi aprovada por unanimidade, ainda que os vereadores do PSD tenham tecido algumas críticas.
Segundo a edil, atendendo às dificuldades económicas que afetam alguns agregados familiares e que podem constituir obstáculos ao prosseguimento de estudos, a atribuição de bolsas de estudo a alunos do ensino superior destina-se a colaborar ou proporcionar o acesso e a frequência do ensino superior a jovens residentes no concelho cujas possibilidades financeiras sejam insuficientes. Por outro lado, o apoio poderá constituir um incentivo à frequência e concretização do percurso universitário de alguns jovens do concelho.
Para o PSD a medida é desgarrada e desligada de uma estratégia global de juventude. No total, são 25 mil euros (a cada bolsa correspondem mil euros) que os vereadores do PSD, José Manuel Ribeiro e Lígia Seabra, não deixam criticar, já que defendem a realização de um estudo para justificar os objetivos e público-alvo. Por isso, consideram a medida “desgarrada e desligada de uma estratégia global de juventude, pois não existe um Plano Municipal de Juventude”.
Os vereadores sociais-democratas dizem que “não deixa de ser caricato que o Conselho Municipal de Juventude, recentemente instalado, nem sequer tenha sido ouvido sobre esta matéria”, e que atendendo ao período de dificuldades que as famílias atravessam, o número de bolsas proposto “fica muito aquém de vir a colmatar as situações dos agregados familiares que, certamente continuam a necessitar de ajuda”.
A terminar, ambos concluem que “a maioria continua a não apostar no verdadeiro apoio à juventude, privilegiando gastos em festas”, assim como o executivo deveria estar centrado no melhor retorno desta ajuda, ou seja, “terem estes jovens (como outros) oportunidades de trabalho no concelho”.
“Se nada se fizer, estes jovens que iremos apoiar, quando terminarem os seus cursos, vão estar a trabalhar para outros concelhos, os que têm desenvolvimento económico, eventualmente alguns concelhos vizinhos.
No ano passado, candidataram-se a esta ajuda 48 jovens do concelho.
Catarina Cerca
catarina.i.cerca@jb.