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Bairrada

Ministro da Agricultura responde a autarca de Anadia e diz que não é possível tabelar preços para a batata (atualização)

O Ministro da Agricultura já respondeu à carta da presidente da Câmara Municipal de Anadia em que esta apelava para medidas de apoio, incluindo a fixação do preço da batata, como forma de minimizar a crise que afeta os produtores. O ministério da Agricultura afiança que “o governo tomou atempadamente medidas para apoiar estes produtores através da criação de uma linha de crédito no montante de três milhões de euros, que estabelece um valor individual garantido de 60 euros por tonelada de batata armazenada”. A medida foi aprovada em Conselho de Ministros, no dia 27 de julho.

O Ministério avança ainda que, de acordo com as regras comunitárias, os governos dos Estados-Membros da União Europeia estão impedidos de tabelar preços. Neste âmbito, “o Governo decidiu apoiar a armazenagem e a conservação da batata durante o período em que os preços estão mais baixos, permitindo assim que a produção seja lançada no mercado mais tarde e a preços mais compensadores para os produtores, sendo a retirada de parte da produção do circuito comercial considerada a medida adequada e possível para restabelecer o equilíbrio entre a oferta e a procura”.

Contactada pelo JB, a presidente da Câmara de Anadia, Teresa Belém Cardoso, mostrou-se desde logo surpreendida, pois não recebera qualquer resposta oficial à sua missiva, sabendo do assunto pela comunicação social. Ainda assim, comentou que é importante, desde logo, perceber se a dita linha de crédito “é ou não a fundo perdido”. De qualquer forma, “mesmo que a batata seja para armazenagem, é necessário fazê-lo num local devidamente acondicionado, que nem todos os produtores têm e, por outro lado, a batata, nalguns casos, exige um rápido consumo”.

Teresa Cardoso acrescenta que, “num país que não produz o suficiente para consumo interno e é obrigado a importar batata, não faz sentido falar-se em armazenagem”. A autarca admite que esta situação “desincentiva os produtores, que não acabam por não tirar rentabilidade do seu trabalho”.

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