No seu site ‘oficinadasfotografias.com’, a anadiense Ana Pratas lança a questão: “Quantas vezes já lhe aconteceu? Saber que tem aquela fotografia, que queria tanto partilhar num aniversário, num casamento, ou inserir num álbum especial, mas não a consegue encontrar?” Uma tremenda dor de cabeça que Ana Pratas poderá, agora, ajudar a ultrapassar.
A fotógrafa profissional “de famílias” que, no passado dia 10 de maio, realizou o workshop gratuito “Organização de fotografias antigas”, na Biblioteca Municipal de Anadia, tem vindo a dar a conhecer o trabalho que abraçou há mais de uma década, depois de trocar a licenciatura e doutoramento em Engenharia Física pela fotografia.
Fotografar rotinas da família
“O gosto pela fotografia começou como um hobby que cresceu na altura do doutoramento”, recorda, admitindo que esta paixão acabou por falar mais alto: “preferi ser fotógrafa de famílias”.
Hoje, seja na região ou fora dela, fotografa famílias no seu ambiente: “não em estúdio mas na sua casa porque me especializei em fotografia documental de família.
As fotos são tiradas nas rotinas do dia a dia. Chego a passar o dia inteiro com a família”, por forma a captar a “imprevisibilidade e toda a naturalidade do momento, sobretudo quando há crianças pois, mais tarde, são esses momentos que as famílias vão valorizar”.
Por não ser um género de fotografia conhecido ou suficientemente divulgado, ainda é pouco procurado, mas os pedidos vão surgindo. Por isso, Ana Pratas, em complemento e mais recentemente, decidiu abraçar um outro projeto inédito na região e no país: disponibilizar um serviço de organização de fotografias de família.

Organizar e digitalizar
“Em 2023, lancei o site e registei a marca ‘oficina das fotografias’. Foi aí que comecei o trabalho de organização digital de fotografias.
Recolho, organizo e categorizo fotografias e coleções de fotografias”, explica sobre uma área que abraçou não só por ser uma apaixonada por fotografia, mas também pelo gosto de preservar memórias e legados de família e porque, a dada altura (eram os filhos bebés) se viu, ela própria, confrontada com fotos digitais por organizar.
Embora o digital seja ótimo, para muitas pessoas tornou-se um flagelo, porque as fotografias que vão tirando acabam por estar duplicadas e espalhadas em diferentes suportes, o que torna a sua organização e catalogação quase uma missão impossível.
Ana Pratas pode ajudar e disponibiliza também sessões individuais para que cada um possa meter mãos à obra. “Existe um conjunto de recursos que disponibilizo gratuitamente que podem ajudar as pessoas. Mas cada pessoa tem de ver qual o melhor caminho, se preferem fazer ou que seja eu a organizar”, num trabalho que pode incluir manutenção e atualização das coleções, dependendo sempre de quanto a pessoa quer investir.
Não esquecendo as fotografias antigas (herdadas dos pais e avós) mais frágeis, disponibiliza o serviço de digitalização, sem colocar em causa a integridade de cada foto. Uma área que a apaixona e que a leva a admitir que, num futuro próximo, gostaria de crescer nesta área e, quem sabe, um dia ter um espaço aberto, para receber projetos de grande dimensão, e aí dedicar-se à digitalização de fotografias antigas.
Por agora, depois do sucesso dos workshops gratuitos realizados em Ílhavo, Aveiro e Anadia, confessa que gostaria de chegar a outras concelhos da região, como Oliveira do Bairro, Mealhada, Águeda e até Coimbra. E, aos leitores do JB deixa um conselho: “tentem recolher as fotos todas num mesmo local, num disco externo; criem cópias de segurança e tenham uma cópia na nuvem. Esta terceira cópia deve estar separada fisicamente das outras duas.”
Ana Pratas pode ser contactada pelas redes sociais ou no podcast.oficinadasfotografias.com.