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Sociedade // Vagos  

Flores e silêncio em homenagem a Susana Gravato na Praia da Vagueira

O Tribunal de Família e Menores de Aveiro determinou a medida cautelar de guarda em centro educativo, em regime fechado, por três meses, ao filho de 14 anos de Susana Gravato, autor confesso do disparo que vitimou a mãe.

Dezenas de pessoas reuniram-se, esta quinta-feira, junto ao mar, na Praia da Vagueira, para prestar uma homenagem a Susana Gravato, vereadora da Câmara Municipal de Vagos, que morreu na passada terça-feira, vítima de um disparo de arma de fogo efetuado pelo filho mais novo, de 14 anos.

O tributo, marcado pela cor branca, juntou familiares, amigos e conhecidos num momento de dor e silêncio, em que flores e balões foram lançados ao mar em memória da autarca que, segundo os que a conheciam, “vivia para ajudar os outros”.

“A Susana não era uma simples advogada nem uma simples vereadora. Era do povo, uma pessoa que ajudava o próximo, mesmo quando não havia dinheiro para lhe pagarem. Sempre presente, sempre com um sorriso”, lembra Ana Cardoso, amiga e colega de trabalho, que promoveu a homenagem.

O funeral de Susana Gravato realiza-se este sábado, dia 25 de outubro, às 11h, na Igreja da Gafanha da Boa Hora. Após as cerimónias fúnebres, o corpo seguirá para o crematório de Aveiro.

Medidas aplicadas ao filho

Entretanto, o Tribunal de Família e Menores de Aveiro determinou a medida cautelar de guarda em centro educativo, em regime fechado, por três meses, ao filho de 14 anos de Susana Gravato, autor confesso do disparo que vitimou a mãe.

A decisão foi tomada após o primeiro interrogatório, no âmbito do Processo Tutelar Educativo instaurado ao menor pela prática de factos consubstanciadores de um crime de homicídio qualificado.

Em declarações à Lusa, a advogada do jovem, Carla Delgado, explica que a medida “será revista ao fim de dois meses e poderá ter a duração máxima de seis meses”. O menor será ainda sujeito a perícias médico-legais.

De acordo com a Polícia Judiciária de Aveiro, a vítima foi atingida por um disparo quando se encontrava em casa, na Gafanha da Vagueira. A arma, já recuperada pelas autoridades, pertencia ao pai do menor.

Afonso Ré Lau