Jair Pereira, que se encontra em prisão preventiva, a aguardar julgamento pela morte de Conceição Figueiredo, acaba de ser acusado, pelo Ministério Público, de vários crimes, entre os quais homicídio qualificado, profanação de cadáver, violência doméstica e incêndio.
A acusação do arguido, de 54 anos, suspeito de matar, em maio deste ano, São Figueiredo, de 69, com quem mantivera uma relação amorosa, surge por despacho de 3 de dezembro, por parte do Ministério Público, no DIAP da Procuradoria da República de Aveiro (Secção de Oliveira do Bairro).
O Ministério Público (MP) considerou indiciado que, entre as 20h18 do dia 18 de maio e as 2h do dia 19 de maio, o arguido, após transportar a vítima no veículo automóvel para um local ermo, desferiu, com um instrumento corto-perfurante, pelo menos dez golpes na face anterior do tórax da vítima e um golpe nas costas, na região posterior, causando-lhe a morte.
Indiciou-se, ainda, que o arguido abandonou o cadáver da vítima em local isolado e de difícil acesso, com a intenção de fazer crer aos familiares que a vítima ainda se encontrava viva, encobrindo, assim, o crime que planeou e concretizou.
O MP indiciou ainda que, no dia 22 de maio, o arguido deslocou-se à garagem da sua residência, onde se encontrava o veículo utilizado no transporte da vítima, e ateou fogo à lenha ali existente, ciente de que tal incêndio poderia não apenas destruir a garagem, mas também propagar-se a outras dependências da residência, aos bens ali existentes e à vegetação próxima, colocando em perigo habitações, bens e pessoas nas imediações.
O corpo da vítima foi encontrado, no dia 1 de junho, na zona de Mortágua. Jair Pereira acabaria por ser detido perto da sua residência, na Murta, Oliveira do Bairro, 20 dias depois do crime.
O arguido encontra-se a aguardar julgamento em prisão preventiva, no Estabelecimento Prisional de Aveiro.
