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Anadia // Bairrada  

Anadia: Executivo aprova orçamento

O Orçamento do município de Anadia, de 30 milhões de euros, para o ano de 2011 foi aprovado na última segunda-feira, em reunião de executivo.
Com a abstenção dos vereadores do Partido Socialista, para quem “o orçamento não reflecte as prioridades que deveriam consubstanciar a ideia de desenvolvimento por nós preconizada”, os documentos apresentados em reunião de Câmara transitam, agora, para discussão e votação na Assembleia Municipal, a realizar a 22 de Dezembro (quarta-feira).
No Orçamento e Grandes Opções do Plano, documento a que tivemos acesso, é afirmado que “a difícil conjuntura económica do país tem consequências graves no Orçamento Municipal, com reflexos nas receitas fiscais do município”, exigindo, por isso, “contenção e rigor nas despesas”.
E, porque em 2011 o município “enfrenta uma clara diminuição de receitas”, muito embora a necessidade de investir para captar fundos comunitários, a autarquia vê-se obrigada “a grande rigor no controlo das despesas e na definição de prioridades”.
Nos documentos apresentados, o destaque vai para um investimento maior na Educação (13%), força da reabilitação do parque escolar do concelho. Aumentam também as despesas indexadas à acção social, que reflecte uma “maior atenção às famílias mais carenciadas”. Segundo os documentos, a área do saneamento básico continua a ser uma das grandes apostas que prevê a conclusão de quase todas as infra-estruturas nos próximos dois anos. Já em matéria de desenvolvimento económico destacam-se a construção/requalificação das zonas industriais de Vilarinho do Bairro, do Paraimo e de Amoreira da Gândara. Ainda neste ponto a Câmara prevê realizar investimentos de monta nas acessibilidades e em vias municipais a requalificar, assim como os investimentos nas requalificações urbanas de Anadia e da Curia.

PS critica documentos. Na oportunidade, o vereador socialista, Lino Pintado, que se mostrou algo desconfiado quanto ao realismo do orçamento, já que as execuções orçamentais nos últimos 5 anos andaram pela ordem dos 40%, conclui que grande parte das críticas apontadas aos últimos orçamentos se mantem e que a ideia de desenvolvimento continua a não ser vislumbrável. E aponta como exemplos: as despesas de investimento previstas com o saneamento, meio ambiente e conservação da natureza, cultura e transportes rodoviários, que continuam exíguas. Por outro lado, constata nesta previsão orçamental cortes na despesa corrente, nomeadamente em despesas de representação e horas extraordinárias, ainda que defenda a necessidade de mais cortes, nomeadamente em despesas com viaturas bem como em subsídios para eventos que não consubstanciem qualquer mais-valia para o concelho. Por isso, entende que este orçamento “evidencia alguns pequenos cortes na despesa corrente que se adequam ao tempo vigente e, por outro lado, têm a conjuntura actual a justificar de certo modo a dificuldade que se prevê em obter a receita desejável e, consequentemente, em possibilitar o investimento nas áreas mais carenciadas”.

Catarina Cerca