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Anadia // Bairrada  

Assassinato de sexagenária continua envolto em mistério

Um ano depois, os responsáveis pelo assassinato de Maria Alice de Jesus, 67 anos, residente em Amoreira da Gândara, ainda continuam a monte.

Recorde-se que Maria Alice foi, barbaramente, assassinada com múltiplas facadas, no dia 20 de Novembro de 2009, no interior da sua mercearia -Tasquinha do Gala, na Madureira, Amoreira da Gândara.

Investigação. Fonte da Polícia Judiciária de Aveiro garantiu ao Jornal da Bairrada que a investigação continua a explorar todas as pistas que vão surgindo e que o processo não está arquivado. A mesma fonte refere a complexidade do crime, sublinhando a forma bárbara como Maria Alice foi morta. Os múltiplos golpes foram efectuados, eventualmente, por uma faca que pertencia à própria casa.

A mesma fonte recorda ainda que, ao longo deste tempo, várias pessoas foram ouvidas, mas nenhuma foi constituída arguida. “Foram-nos dando algumas pistas sobre eventuais pessoas que podiam estar relacionadas com o crime, e era necessário excluí-las”, acrescentou a fonte.

Cenário. Recorde-se que o corpo de Maria Alice, de 63 anos, foi descoberto pelos vizinhos que estranharam o facto da sexagenária não ter aberto as portas da mercearia e os sacos do pão ainda estarem pendurados. Foi o vizinho da frente que encontrou o corpo prostrado e ensanguentado.

O próprio Agente Funerário, António Santos Carmo, da Agência Funerária Palhacense, referiu, na ocasião, que, em 20 anos de actividade, nunca tinha visto um cenário tão horrendo. “O sangue da sexagenária estava espalhado num raio de dez metros. Só quem esteve lá é que pode avaliar o cenário onde o crime foi praticado.”

António Carmo acredita que, pelo aparato que encontrou, a idosa terá lutado contra o assaltante e que este terá saído todo ensanguentado. Da mesma opinião comungava o genro de Maria Alice, Nelson Rodrigues, que está convencido de que a sua sogra terá reconhecido os assaltantes. “Se não fosse assim, acredito que nunca teriam feito tal brutalidade”. “Isto não pode ser feito assim”, desabafou.

Pedro Fontes da Costa
pedro@jb.pt