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Historiador Amaro Neves recebe Comenda da Ordem de Mérito

Natural de Fermentelos (Águeda), Amaro Neves, Mestre em História da Arte Moderna, não se dedicou apenas a lecionar ou a escrever. Teve uma trajetória multifacetada e envolveu-se em inúmeras atividades, nomeadamente de caráter académico e social.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, impôs, no passado dia 29 de fevereiro, no Palácio de Belém, a medalha de distinção, Comenda da Ordem de Mérito, ao homem de letras e cidadão Amaro Neves que, natural de Fermentelos, se entregou por inteiro à cidade dos canais e região, o melhor de si próprio, o amor às terras e gentes na ansiosa descoberta de sua cultura, património e sua defesa, valores, o que o projectou para outros horizontes e lhe abriu as portas da simpatia, consideração e muito apreço.

Amaro Neves, Mestre em História da Arte Moderna, não se dedicou apenas a lecionar ou a escrever. A sua trajectória foi multifacetada, mas envolveu-se em muitas outras actividades, nomeadamente de carácter académico e social. Sempre com a mesma energia e inquebrantável persistência, saber e pedagogia. Aliás, sempre com esta benemérita intenção: puxar pelos brios dos aveirenses. Com esse objectivo foi fundador, em 1979, da ADERAV (Associação de Defesa e Estudo do Património Natural e Cultural da Região de Aveiro). Hoje, é seu sócio honorário. Houve um claro objectivo neste projecto: “mudar as mentalidades, alargar horizontes, sair para o terreno e ao esmo tempo, para a comunicação social, no fundo, agitar as águas.” Era inegável e imparável o seu aveirismo.

A par das tarefas de lúcido professor, conseguiu, com ânimo redobrado e seu ajuizar certo, conciliá-las sempre numa descoberta incansável, com aa família, o estudo e a escrita de muito significativas obras.

O seu vasto e significativo currículo vai muito para além da escrita e da pesquisa: presidiu à Comissão que fez a transição do Conservatório Regional para o Ensino Oficial; vice-presidente dos Serviços Sociais da Universidade de Aveiro; fundador, professor e director do ISCIA; coproprietário e director do semanário Litoral; colaborou com todas as rádios da cidade, sempre com intervenções sobre história local e património; provedor, durante dois mandatos, da Santa Casa da Misericórdia de Aveiro, merecendo justíssima homenagem pelos relevantes serviços prestados, mercê de assertiva dinâmica; membro e delegado do Rotary Club.

A condecoração “é mais um incentivo para eu continuar o meu caminho, não sei seguir outro, mas consciente da responsabilidade que tenho nas vertentes a que me dediquei”, disse o condecorado, Amaro Neves.

Armor Pires Mota/Colaborador

Texto escrito ao abrigo do anterior acordo ortográfico, por vontade expressa do seu autor