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Aveiro // Região  

PS contra duplicação dos lugares de estacionamento pago na cidade de Aveiro

Os vereadores do PS na Câmara de Aveiro criticaram, na sexta-feira, a decisão do executivo camarário liderado pelo PSD/CDS-PP de criar novas zonas de estacionamento pago na cidade, que vão duplicar o número de lugares controlados por parquímetros.

Na reunião camarária realizada na quinta-feira foi aprovada, com os votos contra dos vereadores socialistas, a criação de cerca de 1100 lugares de estacionamento oneroso, que se irão juntar aos mais de mil lugares existentes.

Está prevista a criação de duas novas zonas de estacionamento nas Barrocas e junto ao Hospital e o alargamento de zonas já existentes, nomeadamente junto à Loja do Cidadão, na zona da Segurança Social, na Escola Homem Cristo e nas imediações do Mercado Manuel Firmino.

Os vereadores do PS temem que esta medida vá agravar ainda mais o estacionamento na cidade que, segundo os socialistas, “já é caótico”.

“As pessoas não ocupam os lugares pagos e colocam os carros nos sítios mais esquisitos, desde as zonas com risco amarelo e até em cima dos passeios e a PSP não actua. Isso não foi resolvido pelo executivo”, disse à Lusa o vereador do PS, João Sousa.

Os vereadores socialistas suspeitam que por traz desta medida esteja o interessa da Câmara de concessionar a Movepark, um dos sectores da Moveaveiro, a empresa municipal de mobilidade, responsável pela gestão dos parcómetros e parque de estacionamento do Mercado Manuel Firmino.

“Estes novos lugares destinam-se a criar mais zonas que permita rentabilizar a concessão”, justificou.

Segundo o vereador responsável pelo pelouro do Trânsito e Mobilidade, Carlos Santos, esta medida visa essencialmente “a rotatividade do estacionamento, a libertação de lugares de estacionamento para utilização cíclica de curta duração, a racionalização e a oneração do estacionamento no centro da cidade, bem como a promoção e sustentabilidade do transporte público”.

A autarquia pretende ainda assegurar “uma maior fluidez de circulação rodoviária no perímetro urbano, combatendo a dificuldade de estacionamento” e “dissuadir a utilização do veículo no pequeno percurso em meio urbano”.

“São estas as premissas e as razões pelas quais foi deliberado criar novas zonas e alargar outras de estacionamento oneroso. Não temos uma visão economicista temos sim, é uma perspectiva de ambiente, de sustentabilidade de mobilidade eficaz”, afirmou o autarca.

O tarifário para as zonas de estacionamento oneroso de superfície prevê o pagamento de 0,70 cêntimos pela primeira hora e 1,40 euros pelas duas horas de estacionamento (período máximo de estacionamento permitido).