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Anadia // Bairrada  

Região com grande diversidade gastronómica

 

A AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego promoveu, no passado dia 28 de Abril, nos Claustros dos Paços do Concelho de Cantanhede, a apresentação das “maravilhas da gastronomia” da região Bairrada, Tentúgal e Figueira da Foz, concorrentes às “7 Maravilhas da Gastronomia”.
Camarão da costa, Sopa de Peixe da Figueira da Foz, Leitão Assado da Bairrada e Pastel de Tentúgal são as quatro iguarias pré-finalistas da Bairrada, Tentúgal e Figueira da Foz (de uma lista de 70), nas categorias de Marisco, Sopas, Carne e Doces, participantes no concurso das “7 Maravilhas da Gastronomia”.
Encontrando-nos na fase prévia à selecção das 21 finalistas ao certame, a AD ELO, em parceria com os municípios do território e as confrarias que dão suporte às receitas seleccionadas, apresentaram publicamente os pratos pré-finalistas, organizados num menú gastronómico colocado à degustação dos presentes.
O evento teve a coordenação do chefe Luís Lavrador, da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra, e contou com a presença de representantes da Confraria Gastronómica do Arroz e do Mar, Confraria Gastronómica do Leitão da Bairrada, Confraria das Almas Santas da Areosa e do Leitão e a Confraria da Doçaria Conventual de Tentúgal, que apresentaram os produtos que defendem, dando a conhecer aos convidados presentes especificidades de cada um.

Factor de atracção turística. A gastronomia portuguesa foi elevada a património cultural pelo Conselho de Ministros em 2000 e este reconhecimento de que a culinária tem uma forte responsabilidade no que respeita à defesa da sua autenticidade, mas também como factor de atracção turística com grande importância económica, fazem destes quatro pratos pré-finalistas “maravilhas” gastronómicas de uma região que muito tem para oferecer nesta área, pela sua diversidade, mas também pela qualidade dos produtos.
Na oportunidade, o autarca de Cantanhede, João Moura, destacou a qualidade dos quatro pré-finalistas, que demonstram a diversidade e riqueza gastronómica da região e que configuram o que pode ser um menu completo.
Já Pedro Machado, da Turismo Centro de Portugal, sublinharia o valor económico do conjunto de produtos apresentados, que ajudam a reforçar a competitividade da região. Por outro lado, a presença destas iguarias num concurso de televisão que tem a capacidade de ampliar a qualidade dos produtos é uma oportunidade a não perder, já que amplia a divulgação e promoção de produtos de excelência e de toda uma região.
“A gastronomia é um produto âncora de uma região e, por tal, deve ser potenciado”, disse, acrescentando que “estas maravilhas têm condições para serem produtos ganhadores”, realçando o facto de nenhuma delas ser concorrente entre si, nas suas categorias.
José Apolinário, da PROMAR – Grupos de Acção Costeira, realçaria o facto da gastronomia ser um património nacional e um elemento essencial de identificação de um país com forte ligação ao turismo. Por outro lado, considerou que as confrarias têm sido elementos e instrumentos chave na valorização da gastronomia portuguesa.
À semelhança das outras edições das “7 Maravilhas”, a iniciativa começou por um período de candidaturas de origem local, de forma a serem seleccionadas as receitas gastronómicas finalistas, que serão objecto de votação nacional.
A 7 de Maio, as 21 finalistas serão apresentadas, tendo início a votação pública por SMS, chamada telefónica, internet (www.7maravilhas.pt) e Facebook. Mas para chegar à short list de 21 finalistas, um painel de 21 personalidades do país, representantes das várias áreas da sociedade, vai apurar os três pratos mais votados por categoria. A votação decorre até 7 de Setembro e os 7 vencedores são revelados a 10 de Setembro, com transmissão em directo, pela RTP, a partir de Santarém.
Acrescente-se que o projecto “7 Maravilhas da Gastronomia” pretende contribuir para a promoção e salvaguarda do receituário português, garantir o seu carácter genuíno, promover a exigência de produtos agrícolas e do mar de superior qualidade e privilegiar a diversidade regional.

Catarina Cerca