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Bairrada // Oiã // Oliveira do Bairro  

Três dias de festa no Centro Social de Oiã

O Centro Social de Oiã viveu intensamente três dias dedicados ao espírito de Nata, à festa em família, em convívio e partilha. Três dias marcados pela alegria e disponibilidade e novamente pelo espírito de solidariedade, manifestado sobretudo no jantar de Natal que, no último sábado juntou uma centena de pessoas.

Missa no Lar. O padre Mário que nutre uma grande ternura e carinho pelos idosos e doentes, disponibilizou-se, na última quinta-feira, para celebrar a Eucaristia para os utentes (idosos e crianças) que encheram o refeitório do Lar. O que, aliás, já tinha acontecido também na Solsil. Dentro da homilia, rezou por todos eles e os abençoou e bendisse quantos se dedicam a estas instituições, desde os dirigentes às funcionárias, passando neste caso também pelos voluntários que os visitam todas as semanas, todos os dias, levando-lhes assim um pouco de dedicação e carinho. Além disso, fez um apelo: que ninguém se demita das suas obrigações sociais e humanas, que ninguém deixe de transmitir alegria e afectos, não só neste tempo de Natal, mas sempre.

Prenda da Natal, vinda de Aveiro. Também o Centro Social este ano teve uma prenda inesperada, especial, embrulhada em Aveiro. O BPI, agência as Barrocas, surpreendeu os dirigentes do CSO. O Gerente, acompanhado por uma funcionária, entregou na instituição, na tarde de sexta-feira, um comboio de brinquedos, centenas de brinquedos. Foram recebidos pelo Carlos Réu e Cláudia Gonçalves. Mas mais: a prenda só ficou completa com a entrega de um cheque de 200 euros. Outro sobre azul e um obrigado muito grande pela lembrança. Tanto mais que veio de longe. Prendas deste género ou de outro são sempre bem-vindas.

Quando os pais brincam para os filhos. Isto não é novidade, mas voltou a acontecer, este ano, na noite de sexta-feira. Os pais vestiram-se de actores e atrizes, tomaram a sério o seu papel e divertiram-se e divertiram a petizada e os avós, os dirigentes e gente amiga da instituição, durante cerca de 90 minutos. Abriram com uma peça de teatro musicado, intitulado “loja dos brinquedos do avô cantigas” e começou aí a bela noite. A trupe fez de tudo. Além do teatro, cantou cantigas de ternura, próprias para as crianças, houve música de vários géneros, até pop, mais ou menos frenética, muita alegria a chegar à assistência que enchia por completo o refeitório… até que chegou a hora do convívio e da partilha, despesas suportadas pelos próprios pais das crianças.

Jantar de Natal. Chegou a noite de sábado e decorreu o habitual jantar de Natal com os idosos que estiveram rodeados dos seus familiares, numa manifestação de grande carinho e afectos, de gestos nobres, avivando laços, vivendo memórias. Marcaram presença as entidades autárquicas: a vereadora da cultura, Elsa Pires, que, tendo de sair mais cedo, fez uma bela intervenção, aproveitando a antiga tradição do envio dos postais natalícios. Naquela noite exibiam-se, vivia-se a beleza dos postais ilustrados pelo amor dos filhos em sintonia com os mais idosos, aquecidos pelos afectos, pela presença da família, pelo espírito familiar vivido, outros belos postais, e fez um apelo à repetição da ternura deste tipo de postal. Mais tarde, chegaram o padre Mário Ferreira e o presidente da Junta, Victor Oliveira, que vinham exactamente da festa dos idosos de mais de 65 anos, promovida pala autarquia. Todo o ambiente foi de um grande calor humano, de uma grande serenidade e acalmia, um ambiente verdadeiramente familiar, comungado por todos: não só pelos idosos, mas também pelos dirigentes e grupo dos voluntários e ainda pelos que serviram às mesas com disponibilidade bastante e alegria de quem está a servir o outro. Não faltaram intervenções, nem música, nem mensagens coreografadas por um grupo das funcionárias em serviço, com cartazes e mensagens: é preciso viver o Natal no coração. Surgiu mesmo um grupo coral (o da igreja, aos sábados) que cantou peças natalícias que souberam bem e mais envolveram todos no espírito de Natal. O presidente, Carlos Réu, além de recitar poesia com o seu quê de jocoso, o que dispôs bem, fez um apelo a que os familiares nunca deixem de visitar e estar com os seus pais. É importante, ajuda ao seu bem-estar sentimental, sentem-se amados. Noutro passo, fez questão de frisar que a ementa (bacalhau e leitão) foi uma oferta da sociedade civil, mas também toda a espécie de doçaria e o próprio pão. E as bebidas, claro. E prometeu que esta iniciativa, assim com este espírito, será para continuar em próximos anos. Victor Oliveira seguiu a mesma tónica, lembrando os sacrifícios que os nossos pais suportaram para nos deixarem um mundo melhor, não recorrendo ao consumo desenfreado de hoje. Padre Mário falando no Natal e do Menino feito homem para ser estrela e luz, caminho e vida, deve ser visto e vivido na humildade do presépio, na simplicidade da mensagem que nos deixa. No final, houve entrega de prendas aos idosos, formada essencialmente por um sabonete e um lenço de mãos bordado com a letra inicial de cada nome, tudo devidamente acondicionado dentro de um envelope onde baloiçava um pompom, confeccionado pelos idosos. Foi ainda distribuído e vendido um bonito e original calendário ilustrado com o rosto de todos os idosos, que assim davam um ar de mais jovens.

Convívio dirigentes-funcionárias. Na segunda-feira, dia 22, aconteceu o convívio entre as funcionárias e todos aqueles que prestam outros serviços, relacionados com a saúde (45, ao todo) que constou de um jantar cuja ementa passou pelos pratos de bacalhau e leitão (mas cumpre-nos já dizer que os custos foram suportados por todos os convivas). O ponto mais alto foi a troca de prendas pelos amigos secretos. Terminou com uma parte cultural, recheada da leitura de alguns poemas de sabor natalício, mas também de outra poesia brejeira na boca do presidente Carlos Réu.
Armor Pires Mota