Assinar


Bairrada // Oliveira do Bairro  

Ampliação da rede de saneamento da Silveira aumenta para 93% a cobertura no concelho

adra_agua_saneamento_silveira_oliveira_do_bairro

A localidade da Silveira, Oiã, dentro de seis meses vai ter uma taxa de cobertura da rede de Águas Residuais de 93%, devido à ampliação da rede em 2,8km, anunciou, na penúltima quinta-feira, o presidente do Conselho de Administração da AdRA, Fernandes Thomaz. Com esta obra, a taxa de cobertura de saneamento do concelho passará de 91% também para 93%. O anúncio foi feito durante a assinatura do contrato do ato público de consignação e arranque da obra de ampliação do sistema de drenagem de águas residuais domésticas da Silveira, que vai servir uma população de 320 habitantes e que terá um prazo de execução de 180 dias.
De acordo com Fernandes Thomaz, “a obra vai permitir a conclusão do sistema de drenagem de águas residuais domésticas da Silveira, constituído por 2,8km de coletores, 210 ramais domiciliários, incluindo a construção de três estações elevatórias, bem como com 1,8km de condutas elevatórias”.
O presidente do Conselho de Administração da AdRA disse estar esperançado que dentro de seis meses seja possível assinalar a conclusão da obra e da ligação das pessoas à rede, explicando que “muitas vezes se faz uma enorme pressão para construir a rede e quando está terminada as pessoas não ligam e foi feito o investimento público, que depois não é utilizado”.
“A nossa expetativa é que depois da obra estar concluída, as pessoas façam a ligação à sua rede”, disse Fernandes Thomaz, acrescentando que “aquilo que estamos a fazer não é mais do que o cumprimento da missão da empresa AdRA”. “A AdRA desde que foi criada, resultado de uma parceria entre o Estado e dez autarquias da região de Aveiro, conta com Oliveira do Bairro que é um parceiro muito importante e muito relevante”, explicou Fernandes Thomaz, recordando que “a empresa nasce em 2010, com a crise financeira económica mundial e também com a Troika a entrar em Portugal, tendo sentido os constrangimentos todos que o país sentiu durante esses anos”.  Contudo, Fernandes Thomaz relembrou que “a AdRA nunca deixou de investir”, justificando que “a empresa hoje tem mais de 60 milhões de euros já investidos, o que mostra a sua pujança e acima de tudo a vontade que tem de executar o plano que está contratualizado com os municípios”.
“No caso concreto desta, estamos a falar de uma pequena obra”, afirmou o responsável da AdRA, dando conta que “em Oliveira do Bairro já não há grandes obras a fazer. De facto, Oliveira do Bairro é um dos concelhos da nossa região que tem as melhores taxas de cobertura, quer ao nível da água, onde diria que praticamente o município está servido, mas também ao nível da área de saneamento, onde as taxas são bastante satisfatórias”. Portanto, “aquilo que vamos fazendo em Oliveira do Bairro são pequenos acrescentos, como é o caso desta ampliação que vamos fazer aqui na Silveira e que, por variadíssimas razões, nem o município resolveu, quando era titular dos serviços, nem a AdRA teve também a oportunidade de fazer”.

Simbolismo. O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, Mário João Oliveira, começou por sublinhar que se trata de um momento simbólico, “mas extremamente importante para o nosso concelho e mais concretamente para o lugar da Silveira, freguesia de Oiã”. “Oliveira do Bairro tem índices de cobertura de saneamento e águas próximos, diria, do que é o limite máximo possível”, ressalvando que “há sempre umas franjas que não têm estes serviços”.
O autarca defendeu que “esta obra há muito que era necessária, desejada e projetada e durante anos reclamada pela Câmara, desde a origem da própria AdRA”, dando a conhecer que “de muitos projetos, este era o único que faltava fazer em Oliveira do Bairro e que estava contratualizado com a AdRA”.
Mário João Oliveira agradeceu à AdRA, mas relembrou que se trata do “cumprimento de obrigações contratuais”, apelando para que “outras pequenas franjas existentes no concelho possam ser contempladas com estes serviços”.
O edil oliveirense apelou ainda ao empreiteiro para que cause o mínimo de transtornos e que a obra fique “bemfeita, com a devida reposição do tapete existente”, terminando a sua intervenção sublinhando que “a obra há muito era desejada pela Silveira”.