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Ciclismo // Desporto  

Nelson Oliveira concorda com adiamento dos Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos foram adiados pela primeira vez na história, devido ao surto do novo coronavírus, depois de três cancelamentos provocados pelas grandes guerras mundiais, em 1916, 1940 e 1944.
As competições da 32.ª Olimpíada estavam marcadas para Tóquio, entre 24 de julho e 9 de agosto e, num momento em que os atletas nem sequer conseguem treinar, levou ao adiamento, anunciado no dia 24 de março, pelo Comité Olímpico Internacional (COI) e o Comité Organizador dos Jogos, após reunião com o primeiro-ministro japonês, Abe Shinzo. “Era a única coisa que fazia sentido.”
Entretanto, aqueles dois organismos anunciaram, esta segunda-feira, dia 30 de março, nova data, de 23 de julho a 8 de agosto de 2021.
Um dos atletas com presença garantida em Tóquio 2020, é o ciclista bairradino Nelson Oliveira.
O corredor da equipa espanhola Movistar, questionado sobre o adiamento dos Jogos Olímpicos para o verão de 2021, foi perentório: “Acho que foi a decisão mais acertada.”
Nelson Oliveira já tinha alcançado os mínimos. Se é um revés visto que é mais um ano em cima e terá na altura 32 anos e sobre se ia participar no contrarrelógio ou na prova de estrada, o corredor natural de Azenha, Vilarinho do Bairro, adiantou que “no ciclismo funciona de maneira diferente, podemos levar dois atletas e esses dois atletas é o selecionador que escolhe. No meu caso irei fazer a prova em linha e o crono”, convicto que nenhum atleta terá de começar da estaca zero, pois os tempos alcançados em 2020 são válidos.Nesta fase tão conturbada das nossas vidas, a Federação Portuguesa de Ciclismo deu indicações que os ciclistas profissionais podiam treinar na via pública desde que o façam sozinhos. Tem treinado e por onde? “Tenho evitado ao máximo sair de casa, tenho feito rolos, ou seja, treino indoor.”
As grandes competições a nível mundial, como a Volta a França, Espanha ou Itália também podem ser adiadas. Sobre as consequências que poderá trazer para os ciclistas, Nelson Oliveira deu a sua versão: “A Volta à Itália já foi adiada e vamos ver se não é mesmo cancelada este ano. Quanto ao resto das grandes voltas, esperemos que este mau momento em que se encontra o mundo melhore rapidamente.”
Há clubes, por falta de competição, que estão a ponderar cortar nos salários. Teme esse cenário? “Não o temo, mas se tiver que ser não teremos outra opção se não aceitar.”