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Vindimas 2022: “Éramos habituados a envolvermo-nos nestes trabalhos”

Na memória está também a prova do vinho novo (do ano), por altura do São Martinho, que recorda com saudade.

A primeira vez, seja no que for, fica marcada para sempre no nosso âmago pelas memórias que deixa. Desafiámos três bairradinos a recordarem aquela que foi a sua primeira vindima. Deixamos aqui o testemunho de António Dias Cardoso.

António Dias Cardoso é um dos nomes maiores do setor vitivinícola da Bairrada. Engenheiro agrónomo, foi diretor da Estação Vitivinícola da Bairrada e todos o conhecem pelas suas múltiplas facetas, seja pela sua ligação ao vinho, ao associativismo, à música, à escrita e até à política.

Hoje, já aposentado, a paixão pelo vinho levou-o, em agosto de 2021, fruto de um avultado investimento, a inaugurar a Adega Dias Cardoso Vinhos, na Caneira de Vila Verde, localidade que o viu nascer e onde nos falou, na primeira pessoa, das recordações e memórias das vindimas da sua meninice.

Nascido neste meio, de pequeníssimos produtores, desde muito cedo começou a acompanhar os adultos nas vindimas e na adega. Teria poucos anos, uns 5 ou 6 quando se estreou nestas lides, recordando agora como era “extraordinário” ir para o lagar pisar uvas, ao lado dos adultos, partilhando das suas conversas “sempre muito interessantes”.

Não falhava uma vindima, como qualquer outra criança que neste meio rural vivia. “Éramos habituados, naquele tempo, a envolvermo-nos nestes trabalhos”, numa época em que toda a família vivia a azáfama da vindima.

“A vindima, para nós, era um momento festivo em que todos vindimavam para as nossas casas. Havia apenas uma ou duas pessoas de fora”, recorda sobre as vindimas em casa dos avós.

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