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Anadia // Bairrada  

Lions Clube da Bairrada presta homenagem a Manuel dos Santos Oliveiros

No sábado, dia 1 de junho, decorreu na capela da N.ª Senhora das Neves (Pereiro-Anadia), uma missa de sufrágio pelo Companheiro Lion (CL) Manuel dos Santos Oliveiros e demais CL, já falecidos(as) nestes 43 anos de lionismo do Lions Clube da Bairrada.
A missa, rezada pelo pároco Victor, além de companheiras/os em número razoável, contou com a presença da filha, genro e neta do saudoso CL. Manuel Oliveiros, Maria Eduarda Vicetro, José Almeida Vicetro e Maria Manuel Oliveira Vicetro, respetivamente. Também presente Maria Inês, viúva do CL Milton Pinho, senhora que é afilhada da N.ª Sr.ª das Neves e que em boa hora decidiu disponibilizar-se financeiramente e não só para fazer face ao restauro da capela. Esteve também Rosa Tomás, natural e residente daquele lugar, com conhecimentos na área do restauro, e vereadora do pelouro da cultura da Câmara Municipal de Anadia. Estiveram ainda presentes, várias pessoas do lugar do Pereiro.
No final da missa, foi possível apreciar as traseiras da capela revestidas a azulejo do século XVII e que se encontra em restauro, sempre acompanhados por Maria Inês e Rosa Tomás.
Depois, os presentes dirigiram-se para o Cemitério Novo em Anadia, onde, junto da sepultura de Manuel dos Santos Oliveiros, reunidos em oração, foi colocada pelo casal CL. João Simões e Lurdinhas Rolo, uma lápide e ramo de flores, a perpetuar a efeméride.

A Capela. A Capela de Nossa Senhora das Neves é um pequeno templo rural edificado no século XVI, tendo sido sempre utilizada como local de romarias sazonais. Inicialmente foi construída como um tempietto circular coroado por cúpula, que corresponde à atual sacristia. Em meados do século XVII foi edificado o corpo retangular da capela, de nave única, que segue os modelos das capelas rurais da região mondeguina.
A fachada principal apresenta um portal de moldura reta, ladeado por pilastras coríntias estriadas e por duas janelas com grade de ferro. O conjunto é rematado por frontão com aletas e por pináculos, semelhantes aos que coroam os panos murários.
O espaço interior apresenta uma decoração muito sóbria. Coberta por abóbada de berço, a nave possui nas paredes laterais dois arcos de volta perfeita rematados por escudetes. O arco cruzeiro, que une este espaço à capela-mor, é decorado no intradorso e nos pés direitos com motivos geométricos.
A capela-mor desenvolve-se num espaço circular, coberto por cúpula, e decorado por silhares de azulejos polícromos seiscentistas, oriundos de uma oficina lisboeta. Ao centro foi inserido o retábulo-mor de gosto neoclássico, executado em 1875, conforme atesta a inscrição.