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Bairrada // Bustos // Mamarrosa // Oliveira do Bairro // Troviscal  

Unidades de Saúde de Bustos e da Mamarrosa em risco de encerrar

As Unidade de Saúde de Bustos e da Mamarrosa poderão encerrar em breve de acordo com um plano de reorganização dos serviços de saúde. A Administração Regional de Saúde do Centro não confirma nem desmente este encerramento, prometendo para dentro de algumas semanas uma reação. Contudo, Manuel Nunes, presidente da Assembleia Municipal, em resposta às preocupações levantadas por alguns deputados no decurso da última Assembleia, clarificou que a reorganização dos serviços de saúde que se iniciou em 2009 poderá levar efetivamente ao encerramento daquelas duas Unidades de Saúde.

Reorganização. Manuel Nunes explicou que nesta reorganização não podem existir mais do que duas Unidades de Saúde Familiares (USF). “Uma para Oliveira do Bairro e uma segunda para a União das Freguesias”, afirmou Manuel Nunes, sublinhando que “a criação destas USF depende da vontade expressa de uma equipa e, neste caso, atendendo à passagem à reforma de vários médicos, os novos vieram com vontade para esta reorganização”.
Manuel Nunes deixou claro que este encerramento não é uma questão política, mas apenas o “cumprimento de uma legislação que está em vigor e que foi reconhecida pelos sucessivos governos”.
O autarca disse não entender como é que nesta matéria tão sensível, as pessoas colocam problemas, “quando para se deslocarem a uma pastelaria ou a um hipermercado andam três ou quatro quilómetros”.

Troviscal. Manuel Nunes defendeu ainda que, caso a reorganização avance, a mesma terá que passar pelo Troviscal, já que, “neste momento, é o único espaço que responde e tem capacidade mínima para albergar todos os serviços. O Troviscal tem três gabinetes para médicos, para enfermeiros e casas de banho”.

Mudanças. “Estamos a falar entre optar por esta forma centralizada, onde existirá sempre um médico ou mantermos os três postos abertos e quando um médico, ou um enfermeiro vai de férias é colocado um papel na porta”, acrescentou Manuel Nunes, apelando que “nos preocupemos verdadeiramente com a saúde”. “Falo assim, porque estou convicto de que esta forma vai responder melhor às necessidades de saúde dos nossos concidadãos.” “Entendo que existem hábitos criados e que existem pessoas que temem uma determinada prática, mas também todos percebemos que temos que estar abertos às mudanças e as mudanças apontam para que sejam melhores, pelo que devemos contribuir para um esclarecimento cabal.”